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Mais de 400 padres e bispos emitem manifesto CONTRA Bolsonaro, veja o motivo

O manifesto trata da presença de Bolsonaro no evento em Aparecida, na última quarta-feira (12), dia da padroeira do Brasil.

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Eduarda Melo

Publicado em 14/10/2022 às 8:19 | Atualizado em 14/10/2022 às 9:28
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O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado por mais de 400 padres e 10 bispos católicos de ter profanado o Santuário de Nossa Senhora de Aparecida.

O manifesto trata da presença de Bolsonaro no evento em Aparecida, na última quarta-feira (12), dia da padroeira do Brasil.

Bolsonaro, que tenta a reeleição, foi recebido no local com alguns aplausos e vaias.

O manifesto foi encaminhado ao arcebispo de Aparecida do Norte, Dom Orlando Brandes na última quinta-feira (14).

O reitor do santuário de Nossa Senhora de Aparecida, o padre Carlos Eduardo Catalfo, também recebeu o documento.

O texto é intitulado "O que é de César a César, e o que é de Deus a Deus (Mt 22,21)" e foi subscrito por religiosos que integram os coletivos Padres Contra o Fascismo e Padres da Caminhada.

O que diz o manifesto

Um dos pontos trazidos pelos religiosos é o de que Jair Bolsonaro utiliza a religião como palanque político.

“Ele usa e abusa da fé como palanque político; tenta reverter suas seguidas derrotas políticas apelando à religião. Não, Jair Bolsonaro não é religioso. Ele perverte o ensinamento evangélico porque quer dar a Deus o que é do perverso César (Mt 22,21). Jair Bolsonaro não é de Deus!”, diz a nota.

O documento também cita uma fala do Arcebispo Dom Orlando Brandes, em que ele critica a postura do presidente fazendo referência a politica de armas defendidas pelo chefe do executivo.

“Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada (…). Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção e pátria amada com fraternidade.”, disse.

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