Fenômeno da natureza

Alexandre Garcia vira alvo de investigação da AGU por nova fake news. Saiba qual

Ex-jornalista da Globo, Alexandre Garcia, culpou o PT por enchente no Rio Grande do Sul; Veja mais detalhes sobre a fala do investigado

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Jamildo Melo

Publicado em 11/09/2023 às 10:38 | Atualizado em 12/09/2023 às 10:21
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O jornalista Alexandre Garcia virou alvo de investigação após divulgar fake news em que culpa governos petistas pela enchente que deixou ao menos 46 mortos no Rio Grande do Sul.

Garcia é ex-Globo e aderiu cedo à horda bolsonarista que ajudou a propagar ódio nas redes sociais.

Pelas redes sociais, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que determinou a abertura de um procedimento contra o ex-apresentador da Globo na Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia.

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"Determinei à Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia a imediata instauração de procedimento contra a campanha de desinformação promovida pelo jornalista. É inaceitável que, nesse momento de profunda dor, tenhamos que lidar com informações falsas", escreveu Messias sobre o caso.

Entenda a fake news que Alexandre Garcia divulgou

Em comentário no canal da revista de ultradireita Oeste, que abriga muitos demitidos da Jovem Pan, o jornalista disse que “é preciso investigar porque não foi só a chuva” e criou uma onda que viralizou nas redes de ódio bolsonaristas.

“A chuva foi a causa original. Mas no governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo”, diz Garcia no vídeo.

E completa: "Isso causou uma enxurrada parecida com aquelas que acontecem aqui perto de Brasília, na Chapada dos Veadeiros, e que levam as pessoas e que matam pessoas porque a água vem de repente".

Implantação de sistema de monitoramento e alertas de desastres naturais no RS

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) integrou a comitiva do governo federal que esteve neste domingo (10) na região do Vale do Taquari, que foi atingida por um ciclone no Rio Grande do Sul.

O diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos, Osvaldo Moraes, integrou a comitiva liderada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e afirmou que o MCTI vai ajudar o estado a implantar um sistema de monitoramento e alertas de riscos de desastres naturais similar ao Cemaden.

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O MCTI e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima vão construir uma estratégia para preparar os municípios para os fenômenos climáticos extremos. Para isso, será realizado um seminário científico nos dias 28 e 29 de setembro, em Brasília.

“A adaptação às mudanças climáticas exige ações coordenadas, e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem compromisso em prover informações científicas para contribuir com as discussões da agenda climática e para subsidiar as políticas públicas", disse a ministra Luciana Santos.

Ela finalizou: "Temos ainda o desafio de aumentar a conscientização e a percepção da sociedade a respeito da mudança do clima e os impactos que essas alterações já estão provocando em nosso cotidiano”

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Ajuda ao Rio Grande do Sul

O vice-presidente Geraldo Alckmin e uma comitiva formada por sete ministros visitaram no domingo as áreas mais afetadas pelas chuvas na região e se encontraram com o governador gaúcho Eduardo Leite.

O governo federal anunciou que vai disponibilizar 741 milhões de reais para as regiões afetadas pela passagem de um ciclone no Rio Grande do Sul.

A verba mobilizada será usada para o fornecimento de alimentos e serviços essenciais às vítimas das enchentes e para a construção de novas moradias, entre outros.

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