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Preso pelos atos de 8 de janeiro morre após mal súbito no Complexo da Papuda, no Distrito Federal

Cleriston Pereira da Cunha tinha 46 anos e teve um mal súbito durante o banho de sol na Papuda

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 21/11/2023 às 10:15 | Atualizado em 21/11/2023 às 10:29
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Um homem preso por participar dos atos de 8 de janeiro morreu por volta das 10h da última segunda-feira (20) durante o banho de sol no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde estava preso preventivamente. Ele teria sofrido um infarto fulminante.

De acordo com o Metrópoles, o detento era Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos. Ele era conhecido como "Clezão do Ramalho" e era irmão do vereador Cristiano Pereira da Cunha (PSD), do município de Feira da Mata, no oeste da Bahia.

Cleriston cumpria prisão preventiva desde 9 de janeiro, sob acusação de participar da invasão ao Congresso Nacional. Após o mal súbito, ele recebeu massagem cardíaca mas não resistiu e morreu no local.

O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passará por necropsia. As autoridades investigam as causas da morte.

Secretaria confirmou a morte

Em nota, a secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) confirmou a morte.

A pasta afirmou que ele era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde (UBS) da prisão desde a entrada no complexo.

“Essa mesma equipe de saúde realizou manobras de reanimação assim que constatado o mal súbito até a chegada da equipe do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e dos bombeiros, imediatamente acionados”, destacou a secretaria.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes solicitou à Direção do Centro de Detenção Provisória II informações detalhadas sobre o caso, incluindo cópias do prontuário e de relatórios médicos referentes aos atendimentos recebidos pelo detento.

A situação de Cleriston na Justiça

Cleriston foi preso dentro do Senado durante os atos de 8 de janeiro. Ele se tornou réu no Supremo por cinco crimes, entre eles abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O acusado havia conseguido parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser solto.

A instituição se manifestou a respeito em 1º de setembro, devido ao vencimento do período de instrução do processo. Contudo, a decisão ainda não havia sido homologada por Moraes.

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