Poder Legislativo

Bancada de oposição faz balanço negativo do primeiro ano do governo Raquel Lyra

A bancada de oposição concluiu o balanço avaliativo do primeiro ano do governo Raquel Lyra com críticas à falta de diálogo, à falta de transparência e à ineficiência da gestão. Os parlamentares afirmaram que o governo ainda precisa avançar em diversos pontos importantes para garantir o bem-estar da população pernambucana.

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Jamildo Melo

Publicado em 03/01/2024 às 9:54 | Atualizado em 03/01/2024 às 10:08
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A bancada de oposição à gestão Raquel Lyra na Assembleia Legislativa de Pernambuco apresentou um balanço avaliativo do primeiro ano da gestão. Para o grupo de parlamentares, a gestão Raquel ainda precisa avançar em pontos importantes, como o diálogo com categorias, parlamentares e gestores públicos; a gerência efetiva dos projetos e programas do governo e a transparência com relação aos investimentos públicos.

O balanço foi apresentado em blocos temáticos pela deputada Dani Portela (PSOL) e pelos deputados Sileno Guedes, Rodrigo Farias, Waldemar Borges (PSB) e Gilmar Júnior (PV).

Em relação à segurança pública, a bancada destacou a demora de quase 10 meses para apresentação do Programa Juntos Pela Segurança, com o consequente aumento dos índices de violência no estado. Também foram citados o aumento dos casos de violência contra a mulher, com o desmonte da Secretaria da Mulher e a situação alarmante das Casas Abrigo; e o aumento em quase 30% da letalidade em decorrência da ação policial.

Em relação à educação, a bancada apontou ocorrências de falta de merenda e de atrasos na entrega de fardamentos e materiais escolares na rede estadual de ensino, além de queixas sobre o repasse das bolsas do PE no Campus. Também foram citados episódios mal explicados, como a desapropriação do terreno do Colégio Americano Batista por R$ 80 milhões sem um projeto para o imóvel, bem como o interesse do Estado em contratar, sem licitação, a organizadora da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) por R$ 52 milhões, 40 vezes mais que o investido em edições anteriores do evento.

Em relação à infraestrutura, a bancada elencou obras que haviam sido lançadas em 2021, no âmbito do Plano Retomada, e que foram paralisadas com a chegada da nova gestão estadual. Também foram citadas decisões equivocadas do Governo Raquel Lyra sobre o transporte público na Região Metropolitana do Recife, caso da autorização para que 200 ônibus deixassem de circular e da falta de prorrogação de parte dos subsídios para o setor.

Em relação à área social, a bancada demonstrou preocupação com a falta de previsão orçamentária para programas como Mãe Coruja, CNH Popular e Olhar para as Diferenças. Também foi mencionado o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a vigorar na segunda (1º).

Em relação à saúde, a bancada pontuou a situação precária de vários hospitais públicos, a demora para iniciar a reforma de quatro andares do Hospital da Restauração, a situação do Iassepe, o atraso no repasse do pagamento do piso, a ineficiência do Juntos pela Saúde, a ausência de projetos para a área de saúde e a inércia do governo diante do aumento de 800% de casos de Covid nesse fim de ano.

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