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'Ele falou uma grande asneira', diz Lula após Bolsonaro falar em perseguição por operação da PF

Nesta terça-feira (30), Lula rebateu Bolsonaro e saiu em defesa da legalidade da operação

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Marcelo Aprígio

Publicado em 30/01/2024 às 8:45 | Atualizado em 30/01/2024 às 11:18
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O presidente Lula (PT) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) 'falou uma grande asneira' ao sugerir que a operação da Polícia Federal (PF), que realizou busca e apreensão na casa do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), é perseguição.

“É uma perseguição implacável por parte do Alexandre de Moraes. É inacreditável o que esse homem faz. Ele quer impor que o 8 de janeiro houve um golpe”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan.

Nesta terça-feira (30), Lula rebateu o adversário e saiu em defesa da legalidade da operação, ao pontuar que a decisão de Moraes teve base em suspeitas de uso, com má fé, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

"Ele falou uma grande asneira. O governo brasileiro não manda na Polícia Federal, muito menos manda na Justiça. Ou seja, você tem um processo de investigação, você tem a decisão de um ministro da Suprema Corte, que mandou fazer busca e apreensão sob suspeita de utilização, com má fé, da Abin", disse o presidente ao jornalista Elielson Lima, da CBN Recife.

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Lula defendeu ainda o direito à ampla defesa e criticou o ex-presidente em sua relação com a Polícia Federal.

"Que as pessoas investigadas tenham o direito à presunção da inocência, direito que eu não tive. E quem não deve, não teme", sublinhou Lula.

"Ele tentou mandar na Polícia Federal. Trocava superintendente ao seu interesse. E eu acho que a Polícia Federal tem que ser respeitada. E acho que não deve exorbitar e fazer pirotecnia. Que não deve destruir a imagem das pessoas antes de apurar."

VIGILÂNCIA APROXIMADA

As buscas na casa de Carlos Bolsorna foram um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que investiga o monitoramento ilegal de autoridades por parte da Abin durante a gestão do ex-diretor-geral Alexandre Ramagem – atualmente deputado federal pelo PL -, que comandou o órgão no governo Bolsonaro.

Entre autoridades espionadas estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.

Há suspeitas de que assessores do vereador carioca, filho de Bolsonaro, solicitavam informações ao ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

Os mandados de busca e apreensão, foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

As ordens judiciais são cumpridas na residência de Carlos e também na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

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