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Paralisação de professores deixa rede estadual sem aulas nesta terça-feira; categoria protestará na frente da Alepe

Profissionais aderiram a paralisação nacional em defesa do piso salarial e melhorias para a categoria

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Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 19/03/2024 às 9:17 | Atualizado em 19/03/2024 às 10:12
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Professores e professoras da rede estadual de ensino de Pernambuco anunciaram que estão de braços cruzados nesta terça-feira (19) devido ao Dia Nacional de Luta pelo Piso Salarial, Carreira e em defesa do Ensino Médio. Segundo a categoria, as escolas estaduais ficarão sem aulas durante 24 horas de paralisação.

Os profissionais aderiram à mobilização nacional que protesta a favor do reajuste do piso salarial com repercussão na carreira, a reformulação do plano de cargos e carreira, a defesa do Ensino Médio, a eleição direta para diretor da rede estadual e a convocação dos aprovados no concurso público da educação.

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O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe), que mobiliza a paralisação no estado, afirma que desde janeiro o Governo do Pernambuco não se manifestou sobre o reajuste do piso salarial.

"Em 2023, o Governo de Pernambuco deixou de fora de qualquer reajuste salarial mais de 52 mil trabalhadores em educação", diz o sindicato.

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes (SEE) não informou quais unidades tiveram as aulas paralisadas, mas disse que as escolas afetadas receberão orientações para a realização da reposição das aulas, a fim de garantir o cumprimento do calendário letivo.

Protesto na Alepe

Além da paralisação das aulas, os professores marcaram um protesto para as 14h desta terça-feira, buscando dar voz aos pleitos da categoria. O ato será realizado na frente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Recife.

Também haverá manifestações e atos políticos descentralizados nos 13 núcleos regionais do Sintepe nos municípios do interior do estado, incluindo Petrolina, Caruaru e Palmares.

O sindicato afirma já ter apresentado a pauta da reivindicação da Campanha Salarial Educacional 2024 com 49 itens para debater nas negociações com o Governo.

A Alepe, vale apontar, se tornou ponto de encontro das mobilizações do Sintepe. Em 2023, uma manifestação pacífica dos professores também foi realizada em frente à Assembleia, também cobrando o reajuste do piso salarial.

Reunião com governo

Na semana passada, o Sintepe movimentou outra paralisação dos professores, a nível estadual, reivindicando os mesmos pontos. Na ocasião, um debate foi realizado para discutir os temas, sem mobilização nas ruas.

De acordo com a presidente do sindicato, Ivete Caetano, a ação chamou a atenção do governo estadual, que marcou reunião para o próximo dia 26 para debater os assuntos de interesse da categoria.

"Agora será uma mobilização nacional, no Brasil inteiro, de todos os sindicatos estaduais, pelo piso com repercussão na carreira, pelo projeto de lei que está no MEC, sobre o Ensino Médio", comentou Ivete.

Alepe solicita convocação de aprovados em concurso

Ontem, a coluna Enem e Educação, deste Jornal do Commercio, mostrou que a Comissão de Educação e Cultura da Alepe realizou uma audiência pública para discutir a convocação dos profissionais aprovados no concurso público da Secretaria de Educação e Esportes que se encontram na lista de espera.

Durante a reunião, o colegiado propôs que fosse criada uma comissão para, junto à SEE, fosse estabelecido um cronograma de convocação dos aprovados nos concursos.

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