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Bolsonaro dirá ao STF que não suspeitava de prisão e negará que pediu asilo na embaixada da Hungria

Defesa do ex-presidente apresentará explicações ao Supremo Tribunal Federal na manhã desta quarta-feira (27)

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 27/03/2024 às 9:18
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Jair Bolsonaro vai dizer ao Supremo Tribunal Federal (STF) que visitou e dormiu na embaixada da Hungria, em fevereiro, para manter contatos com autoridades internacionais e que não suspeitava que poderia ser alvo de prisão. A informação é de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

Os advogados do ex-presidente vão apresentar as explicações ao ministro Alexandre de Moraes na manhã desta quarta-feira (27). Bolsonaro é defendido por Fabio Wajngarten, Paulo da Cunha Bueno e Daniel Tesser.

A defesa de Bolsonaro vai alegar que o presidente não teria razões para "suspeitar minimamente" que ele poderia ser alvo de mandado de prisão, e que não teria ido à embaixada para pedir asilo político, como autoridades passaram a suspeitar.

Eles também vão justificar que a Polícia Federal prendeu aliados de Bolsonaro dias antes da visita, mas que a corporação manteve a liberdade do ex-presidente, e que, caso houvesse a intenção de prendê-lo, isso teria ocorrido na mesma ocasião dos seus auxiliares.

"Não faria, portanto, qualquer sentido suspeitar minimamente de que um decreto de prisão preventiva pudesse ocorrer. [...] Se tal fosse o intento do ministro relator [Moraes], já o teria feito dias antes, não se limitando simplesmente à custódia do documento de viagem [passaporte de Bolsonaro]", diz a defesa, segundo a jornalista.

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"Não faz sentido supor que por detrás da visita à delegação diplomática havia algum plano sub-reptício visando furtar-se das investigações em andamento, com as quais, rediga-se, sempre colaborou", afirmaram os advogados em mensagem à coluna.

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