Fantasmas do passado

Eduardo Cunha diz que voltará à política em 2026 e não se arrepende do impeachment de Dilma

O ex-deputado federal presidiu a Câmara no processo de impeachment de Dilma Rousseff

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Jamildo Melo

Publicado em 15/04/2024 às 9:02 | Atualizado em 15/04/2024 às 9:06
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O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, responsável pela condução do processo de impeachment que tirou a presidente Dilma Rousseff do poder em 2016, Eduardo Cunha, voltou aos holofotes.

Convidado desta semana do “CNN Entrevistas”, ele falou às jornalistas Basilia Rodrigues e Larissa Rodrigues nos estúdios da CNN em Brasília sobre este processo de retorno, dizendo que não tem arrependimentos.

Ele promete voltar ao cenário político em 2026.

Ao ser questionado se há arrependimento da sua ação pelo impeachment da presidente Dilma, Cunha é categórico: “Nem um pouco”, respondeu, apresentado como um dos agentes políticos de maior influência nos rumos da República desde a década passada.

A respeito de seu futuro na política, ele crava: “Com certeza absoluta estarei nas urnas em 2026, só não sei por onde. Eu fui derrotado pela política, então eu acho que tenho que voltar à política”.

O entrevistado diz também acreditar que foi afastado da presidência da Câmara sem uma motivação legal.

Para ele, o fato de ser considerado o presidente da Câmara mais poderoso desde a redemocratização se deve ao fato de ter derrubado a presidente da República.

Eduardo Cunha teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, ficando inelegível até o final de 2026. Foi condenado pela Lava-Jato a 15 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas passando em 2020 a cumprir prisão domiciliar. Em 2023, o STF anulou esta condenação.

Eduardo Cunha, 65 anos, foi deputado federal pelo Rio de Janeiro em sucessivos mandatos desde 2003 e até setembro de 2016, quando perdeu o mandato na legislatura 2015-2019. Anteriormente, havia sido deputado estadual no Rio, tendo ainda ocupado cargos executivos no setor público como presidente da TELERJ, Subsecretário de Habitação do Rio de Janeiro e Presidente da CEHAB, Rio. Formado em Economia pela UCAM, atuou no início da carreira em empresas da iniciativa privada como auditor e economista.

Radialista e membro da igreja Assembleia de Deus, foi presidente da Câmara de Deputados entre 1º de fevereiro de 2015 até 7 de julho de 2016.

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