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Deputada diz na Assembleia Legislativa que mulher deve submissão ao marido e propõe sessão só "com machos"

Mical Damasceno deu as declarações na Assembleia Legislativa enquanto propunha sessão em alusão ao Dia da Família

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Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 18/04/2024 às 9:55
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A deputada estadual do Maranhão Mical Damasceno (PSD) afirmou durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do estado que "o homem é o cabeça da família" e que "a mulher deve submissão ao marido, doa a quem doer".

A declaração foi feita enquanto ela defendia um requerimento de sua autoria que propunha a realização de uma sessão solene em alusão ao Dia da Família, celebrado em 15 de maio.

"Veio uma ideia em meu coração, que eu acredito que seja divina, de nós fazermos uma sessão solene aqui, mas somente com homens, para mostrar à sociedade que o cabeça da família é o homem. Então, nós vamos encher esse plenário aqui, no dia 15 de maio, de macho", sugeriu ela.

"As feministas defendem que têm esse direito de igualdade. Elas querem estar sempre numa guerra contra o homem", completou Mical.

A deputada ainda usou o espaço para se dirigir à presidente da Casa, deputada Iracema Vale (PSB), que conduzia a sessão.

"A senhora, como católica praticante, a senhora sabe que o cabeça da família é o homem, assim como o Cristo é o cabeça da Igreja. Então vai ser lindo, para a glória do Senhor Jesus, essa sessão solene em comemoração da família. Nós vamos encher aqui esse plenário de homem, de macho, para dizer que ele representa essa instituição. A primeira instituição criada por Deus".

"A benção, Mical, é que a cabeça só vai para onde o pescoço leva, né?", respondeu Iracema.

O requerimento foi aprovado sem debate. Assista ao vídeo mais abaixo.

Quem é Mical Damasceno

Mical Damasceno está sem seu segundo mandato na Assembleia Legislativa do Maranhão. Ela foi eleita em 2018 pelo PTB e em 2022, pelo PSD, seu partido atual.

Formada em Administração de empresas, ela se apresenta dizendo ter "forte apoio no segmento evangélico", e diz ter como bandeiras políticas "a defesa da família, a assistência social, a saúde e a segurança pública".

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