Dono da Transnordestina compra terceira maior cimenteira do país e assume vice-liderança no setor
O negócio inclui as cinco plantas integradas de produção de cimento que operam no País, quatro estações de trituração, seis unidades de agregação e 19 unidades de mistura de concreto.
O empresário Benjamin Steinbruch, controlador da CSN, tornou-se nesta sexta-feira o segundo maior produtor de cimentos no Brasil ao assumir o controle da compra das operações brasileiras da suíça LafargeHolcim, maior produtora de cimentos do mundo, por US$ 1,025 bilhão. A empresa decidiu sair do Brasil no começo do ano.
O negócio inclui as cinco plantas integradas de produção de cimento que operam no País, quatro estações de trituração, seis unidades de agregação e 19 unidades de mistura de concreto. Steinbruch é o quinto produtor de cimentos com plantas em Minhas Gerais e Rio de Janeiro com capacidade de 2,76 mil toneladas.
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Com a aquisição, ele desbanca o grupo pernambucano Nassau, que tem plantas em nove estados e capacidade teórica de 8,4 milhões de toneladas, mas que hoje opera apenas três das suas 11 unidades.
Por sua vez, as 10 plantas da Lafarge, Montes Claros, Mauá E Holcim estão nos estados de BA, MG, GO, PB, RJ, ES e SP. Mas, desde abril, a companhia franco-suíça estava em busca de um comprador para a operação no Brasil. No total, a filial brasileira da Lafarge tinha 10% do mercado brasileiro de cimentos.
Em nota, a CSN informa que a aquisição adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano, por meio de unidades estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além de substanciais reservas de calcário de alta qualidade e unidades de concreto e agregados.
Com o fechamento da operação, a CSN passará a ter uma capacidade total de 16,3 milhões de toneladas por ano e se consolida como segundo maior cimenteiro do Brasil.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, compra das unidades da LafargeHolcim se constitue na a segunda aquisição feita pela CSN Cimentos neste ano.
A companhia adquiriu em junho a Elizabeth Cimentos e a Elizabeth Mineração por R$ 1,08 bilhão, e a operação foi concluída em agosto. A compra adicionou 1,3 milhão de toneladas em capacidade à produção da cimenteira da CSN.
No segundo trimestre do ano, a CSN Cimentos teve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 147 milhões, crescimento de 42,8% em um trimestre, e representou 2,2% da receita líquida do Grupo, com receitas de R$ 343 milhões, alta de 23,6% em três meses.
A CSN chegou a cogitar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos no primeiro semestre, mas adiou os planos. A companhia preferiu esperar uma melhor janela para seguir com a operação.
A LafargeHolcim é um grupo global do setor de materiais de construção, que tem aproximadamente 70 mil funcionários em cerca de 70 países.
No Brasil, são hoje cerca de 1,4 mil trabalhadores, com operações de cimento, concreto e agregados, além de área administrativa. O grupo é líder global e a fusão entre a Lafarge e a Holcim ocorreu em 2014.
GIGANTE BRASILEIRA
Liderada por Benjamin Steinbruch o Grupo CSN é um maiores complexos siderúrgicos integrados do mundo. A CSN atua com destaque em cinco setores: siderurgia, mineração, logística, cimento e energia.
Atualmente, entre seus ativos, a empresa conta com uma usina siderúrgica integrada; cinco unidades industriais, sendo duas delas no exterior; minas de minério de ferro, calcário, dolomita e estanho; uma forte distribuidora de aços planos
Ela também tem participação em terminais portuários; participações em ferrovia entre elas a Transnordestina e participação em duas usinas hidrelétricas.
Com uma gestão firme e inovadora, a empresa acredita na força empreendedora do capital nacional e no enorme potencial brasileiro de competitividade no setor siderúrgico.
Fundada em abril de 1941 por Getúlio Vargas com estatal, a CSN foi a primeira produtora integrada de aço plano no Brasil, um marco no processo de industrialização do país. Hoje ela tem mais de 20 mil colaboradores, enfrenta os desafios da economia globalizada.