LISTA DE BILIONÁRIOS DA FORBES: Conheça 7 brasileiros que viraram bilionários antes dos 40
Lista de bilionários da Forbes pode ser dividida entre os que herdaram suas fortunas e os que a construíram. Veja sete brasileiros que se tornaram bilionários antes dos 40 anos
Chama a atenção, na lista brasileira da revista Forbes de 2022, o número de jovens com menos de 40 anos que entraram na lista de bilionários.
Veja na matéria sete brasileiros que se tornaram bilionários antes dos 40:
Eduardo Saverin
Um deles é a figurinha carimbada Eduardo Saverin, de 40 anos, que ficou rico por ter fundado o Facebook junto Mark Zuckerberg, brigou com ele ao discordar da estratégia de monetização da rede ainda em ascensão, e saiu levando um pacote de ações que, com a explosão da empresa, o transformou em bilionário.
Saverin, de fato, é brasileiro. Mas nunca teve muita ligação com o Brasil, a ponto de não haver informações de sua presença no país ou de que tenha feito algum investimentos em startups brasileiras.
Desde que renunciou à cidadania americana, em 2021, ele mora em Cingapura. Eduardo Saverin virou sócio e incentivador de várias empresas.
Sabe-se que ele é dono da uma empresa de investimentos, a B Capital, com o indiano Raj Ganguly. O fundo tem US$ 1,4 bilhão em ativos sob gestão, segundo o balanço de 2021.
Mas, diferentemente de Zuckerberg, hoje apenas goza da rentabilidade das ações com as quais ficou quando saiu da empresa e, ao que se sabe, nunca se desfez de nenhum delas. O número exato de sua participação na hoje Meta ainda é desconhecido.
Anne Werninghaus
Na lista de bilionários da Forbes, existem dois tipos de pessoas: os que herdaram sua fortuna e os que fizeram sua fortuna.
Anne Werninghaus, 36 anos, está na lista de herdeiros. Ela é a maior acionista individual da WEG, maior fabricante de motores elétricos da América Latina.
Anne é neta do co-fundador da WEG Geraldo Werninghaus, junto com os bilionários Eggon João da Silva e Werner Ricardo Voigt. A WEG, hoje, é um multinacional de capital aberto com fábricas em cinco países, e faturou US$ 3,05 bilhões em 2020.
A bilionária não trabalha na empresa e sequer ocupa um cargo no Conselho de Administração. Mora em Joinville, cidade brasileira onde os seus ascendentes alemães se estabeleceram. Até hoje, Joinville é chamada de "a cidade da WEG".
Pedro de Godoy Bueno
Pedro de Godoy Bueno, 31 anos, foi outro que ficou rico por herdar. Como Anne Marie Werninghaus, tem uma fortuna de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,1 bilhões)
Ele é o herdeiro da Amil, mas virou CEO da empresa laboratorial brasileira Diagnosticos da America S.A. desde quando tinha apenas 24 anos.
Ele é filho de Edson de Godoy Bueno, que era o bilionário de saúde mais rico do Brasil. Dulce Pugliese de Godoy Bueno foi a primeira esposa de seu pai, e foi quem co-fundou a Amil Edson Bueno. Em 2020, então com 29 anos, se tornou o bilionário mais jovem do Brasil.
Jorge Pinheiro Koren de Lima
No grupo dos que fizeram sua própria fortuna - bem mais interessante - está Jorge Pinheiro Koren de Lima, que completou 49 anos. Antes de completar 40, no entanto, já havia feito a diferença.
Jorge Pinheiro é o filho mais novo de Candido Pinheiro Koren de Lima, fundador da Hapvida, uma empresa brasileira de saúde e seguro saúde. Ele estudou medicina na Universidade Federal do Ceará e é o CEO da empresa desde 2001.
A Hapvida abriu seu capital em abril de 2018 na B3, de São Paulo, e hoje tem uma rede de 47 hospitais e cerca de 200 clínicas no Brasil. O Hapvida nasceu em 1986 em Fortaleza (CE), quando o pai de Jorge, Candido, um oncologista de sucesso, abriu um hospital. Hoje, seu pai e seu irmão mais velho, Candido Junior, 51, possuem ações da Hapvida suficientes para torná-los bilionários.
Mas foi Jorge Pinheiro que criou, ou melhor, estruturou a maior empresa de planos de saúde do Nordeste. O Grupo Hapvida começou como a maioria de empresas de hospitais de médicos que decidem empreender e que acabam criando uma empresa cuja tendência é ser comprada. Mas Jorge Pinheiro fez a sua crescer na onda de fusões e aquisições do setor de saúde suplementar.
Candido sempre foi reconhecido no Ceará como um médico de sucesso que percebeu a oportunidade de estruturar uma companhia, que cresceu organicamente por mais de uma década. Mas ela só explodiu quando decidiu abrir seu capital.
E foi exatamente Jorge Pinheiro quem cuidou disso, organizou o IPO. Segundo a Forbes, os três têm, hoje, um patrimônio de R$ 7,4 bilhões, numa fortuna formada pelas ações de seu pai, Candido, e seu irmão, Candido Júnior.
Guilherme Benchimol
Outro bilionário, Guilherme Benchimol, 45 anos, é considerado um case de sucesso a partir de uma enorme determinação combinada com senso de oportunidade ao criar a XP Investimentos, que hoje é o maior ecossistema de investimentos do Brasil fora dos mega bancos (Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander e Safra, no segmento privado e Banco do Brasil e Caixa no setor público), que detêm 92% de todas aplicações do mercado de títulos mobiliários.
Benchimol, cuja fortuna está estimada em R$ 9,3 bilhões, ainda é e CEO da XP Inc, empresa brasileira de serviços financeiros que abriu seu capital em dezembro de 2019 nos EUA.
Ele viu um oceano na sua frente e começou com a estratégia de não só captar e administrar carteiras de investimentos de terceiros, mas de estimular a que outros profissionais do mercado também fizessem isso como associado, criando um gigante que hoje lidera o segmento de consultores financeiros autônomos.
Em 2001, com capital inicial inferior a US$ 2.000 após ser demitido de uma corretora no sul do Brasil, Guilherme Benchimol fundou a XP. Ele também é reconhecido como o sujeito que fez uma negociação onde entrou pequeno e saiu gigante como o Itaú Unibanco, a ponto de hoje ser concorrente do seu antigo sócio.
Benchimol faz questão de contar sua história e tem mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais. Foi um das pessoas que aceitaram conversar com o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula com conhecimento da imprensa. Disse que queria ouvir dos dois principais postulantes suas propostas para a economia brasileira.
A XP Inc. tornou-se popular concentrando seus produtos e serviços em clientes com pouca experiência em investimentos. Em março de 2021, ele lançou o Instituto XP, por meio do qual pretende oferecer educação gratuita para 50 milhões de brasileiros nos próximos 10 anos.
Henrique Dubugras e Pedro Franceschi
Finalmente, a dupla de "nerds" Henrique Dubugras, de 26 anos, e Pedro Franceschi, 25, conseguiram ficar bilionários antes de completar 30 anos. Eles são os mais novos e mais jovens bilionários do Brasil segundo a Forbes.
Henrique Dubugras é co-CEO da Brex, uma fintech que visa reformular o cartão de crédito corporativo.
Ele conheceu Pedro Franceschi num grupo de discussão no Twitter em 2012, quando ambos eram alunos do ensino médio e moravam no Brasil.
Em 2013, a dupla lançou uma startup de pagamentos chamada Pagar.me - para pequenas empresas no Brasil -, que foi vendida em 2015.
Entretanto, tanto Dubugras (que cresceu em São Paulo) como Franceschi frequentaram a Universidade de Stanford, considerada um celeiro de grandes investidores, quando desistiram de suas carreiras acadêmicas para iniciar o Brex em 2017.
Eles se tornaram bilionários em janeiro último, quando a Brex, com sede na Califórnia, levantou dinheiro de investidores privados que avaliaram a empresa em US$ 12,3 bilhões. Pedro Franceschi completou 25 anos em 2022 com US$ 1,5 bilhão (R$ 6,9 bilhões).