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Metrô do Recife funciona nesta sexta-feira (20)? Saiba qual a decisão sobre greve

O movimento dos metroviários é uma reação contrária à concessão pública do metrô

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Filipe Farias

Publicado em 19/05/2022 às 21:49 | Atualizado em 20/05/2022 às 13:33
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Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (19), na estação central do Recife, os metroviários votaram favoráveis pela manutenção do estado de greve. A categoria volta a se reunir na próxima quinta (26), para que, em nova assembleia, decidam pela paralisação geral do Metrô do Recife ou não.

Com a decisão, o metrô opera normalmente nesta sexta-feira (20), das 5h às 23h. 

O movimento dos metroviários é uma reação contrária à concessão pública do metrô, que já foi definida pelo governo de Pernambuco e o governo federal.

“Iremos fazer um grande movimento na sede da CBTU. Temos conversas com senadores e líderes e também estamos articulando audiência pública no Congresso. Precisamos também conversar com o governador sobre essa proposta ( de privatização). São muitos caminhos, e é essencial fazer uma propaganda massiva para a população entender que a privatização não resolve o problema do metrô. O governo federal precisa se comprometer com investimento e custeio do sistema, além da tarifa social. A população está necessitada de um metrô de qualidade", diz o presidente do SindMetro, Luiz Soares.

DEMANDAS

Os metroviários querem que o governo de Pernambuco desista da estadualização, etapa que precederia a transferência da gestão e operação do Metrô do Recife para a iniciativa privada. A determinação é legal. Somente o Estado pode submeter o sistema a uma concessão pública - não se define como privatização porque o metrô não seria vendido, repassado de vez para um gestor privado. Seria concedido, a princípio, por 30 anos.

Os metroviários temem ainda a exoneração semelhante ao que está acontecendo no Metrô de Belo Horizonte, que também é gerido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e está em processo de concessão pública. No modelo proposto para o sistema mineiro, os metroviários teriam apenas um ano de estabilidade após a transferência para a gestão privada. E entre os sindicalistas se sabe que todos os metrôs concedidos, pelo menos 40% da mão de obra é dispensada - mesmo sendo uma mão de obra extremamente qualificada.

 


 

 

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