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MANIFESTAÇÃO DOS CAMINHONEIROS: PRF pode atuar sem pedir autorização, diz AGU

Caminhoneiros decidiram fazer manifestações após derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022

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Ana Maria Miranda

Publicado em 31/10/2022 às 16:53 | Atualizado em 31/10/2022 às 16:55
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Com informações do Estadão Conteúdo
 
Após caminhoneiros realizarem manifestações em estradas brasileiras, em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou, nesta segunda-feira (31), que acionou unidades regionais da Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o fluxo.
 
Através de nota, a AGU informou que ajuizará as ações, mas que "a Polícia pode atuar sem demandar autorização". Os protestos começaram em algumas estradas ainda no domingo (30), algumas horas após o resultado do pleito ser proclamado.
 
A AGU afirmou, ao Estadão, que "recebeu, por enquanto, pedido de atuação por meio das unidades da Procuradoria da União em Rondônia, Goiás e no Pará". O órgão informou que vai "tomar as medidas cabíveis por meio de suas unidades regionais".
 

GREVE DOS CAMINHONEIROS

 
"É importante destacar que existem pareceres jurídicos da instituição que autorizam atuação de ofício das Polícias, sem demandar autorização judicial, como ocorreu em 2018, por ocasião da greve dos caminhoneiros", registrou a AGU.
 
"A atuação judicial da AGU ocorre apenas quando, no caso concreto, as instituições de polícia entendem que precisam de medida judicial para garantir a liberação de rodovias."

Caminhoneiros INTERDITAM vias e exigem NOVAS eleições

 

NEGOCIAÇÃO

A PRF informou, através de nota, que "adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo" desde o domingo.
 
A polícia informou ainda que suas equipes estão em locais onde há bloqueios ou aglomerações para negociar a liberação das rodovias, "priorizando o diálogo".
 
O objetivo, pontuou, é garantir "trânsito livre e seguro" e "o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos".

PROTESTOS DE CAMINHONEIROS PELO BRASIL

Pela manhã, a PRF informou que havia 47 pontos de bloqueio ou aglomeração em rodovias de 11 Estados e do Distrito Federal, por volta das 10h. O número havia diminuído.
 
Mais cedo, segundo a corporação, os bloqueios de caminhoneiros no Brasil chegaram a 70. A corporação disse que analisava se cada um dos casos estava ligado ao resultado das eleições presidenciais.
 
Vídeos publicados em redes sociais desde a noite deste domingo, 30, mostram caminhoneiros fechando pontos de estradas. 
 
Em grupos de WhatsApp, os motoristas afirmam que as manifestações têm apoio de empresários do agronegócio e também do comércio.
 
Alguns líderes que já participaram de outras manifestações disseram ao Estadão, no entanto, que isso é "só fogo de palha de reacionários". Sobre o apoio de empresários, disseram que todas as manifestações têm a participação deles nos bastidores.
 
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o 'Chorão', que liderou a greve dos caminhoneiros de 2018, disse nesta manhã, em vídeo, que "não é hora de parar o País".
 
Ele criticou as paralisações pontuais que estão sendo feitas em algumas localidades nesta segunda-feira.
 
"Quero reconhecer, através da Abrava, a eleição, a democracia desse País, parabenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela sua vitória", disse o líder caminhoneiro, informando que tem sido procurado para comentar sobre as paralisações.

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