GREVE AEROPORTOS: saiba o que fazer se for PREJUDICADO e como os AEROPORTOS estão se preparando
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) confirmou o início do movimento entre 6h e 8h e afirmou que poderá se repetir por prazo indeterminado
Diante da já certa greve dos pilotos e comissários no País a partir desta segunda-feira (19/12), em alguns dos principais aeroportos brasileiros, os transtornos para os passageiros são certos. Por isso, prepare-se e, dentro do possível, tente minimizar alguns dos impactos que poderá ter que lidar. Ou, ao menos, saiba o que fazer para resolvê-los.
A greve está confirmada para começar às 6h, sem prazo determinado, mas iria apenas “atrasar” alguns voos. Pelo menos essa é a garantia da categoria.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) confirmou o início do movimento entre 6h e 8h e afirmou que poderá se repetir por prazo indeterminado. Segundo a entidade, serão atrasadas as decolagens de voos de aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. O Aeroporto Internacional do Recife não está na lista, pelo menos oficialmente.
GREVE AEROPORTOS: aeronautas dizem que voos serão apenas "ATRASADOS". Entenda como será
Também não haveria cancelamento de voos. O SNA afirmou neste sábado (17), que a categoria vai seguir seu "manual de greve", em que mantém 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles (de 1% a 2%) vai atrasar alguns voos. Nenhum voo será cancelado e todas as viagens serão realizadas, ainda que após os horários agendados pelas companhias aéreas - garantiu o sindicato.
A paralisação preocupa porque acontecerá em plena alta temporada, momento em que as viagens aumentam devido às festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, e as férias de janeiro. Essa, inclusive, é a estratégia da categoria para fortalecer o as reivindicações.
EFEITO CASCATA
Embora o movimento grevista esteja programado para se concentrar em nove aeroportos, os atrasos previstos poderão provocar um nó na malha aérea em cadeia. Os terminais escolhidos são os maiores e que mais têm conexões aéreas e, consequentemente, um número maior de passageiros.
VEJA O QUE FAZER
1) Como será a greve?
Começa na segunda-feira (19). Será das 6h às 8h e tem a previsão de ocorrer por tempo indeterminado se as reivindicações dos trabalhadores não forem atendidas.
2) Todos os aeroportos serão afetados?
Não. Serão 9, mas todos fundamentais para a conexão da rede aérea do País: Congonhas e Guarulhos, em São Paulo; Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Viracopos, em Campinas (SP); além dos terminais de Brasília, Porto Alegre, Confins (MG) e Fortaleza.
3) Então, por que me preocupar?
O problema será o efeito cascata provocado pelo atraso, mesmo que de 2h, dos voos. Poderá haver um nó na malha aérea em cadeia. Os terminais escolhidos são os maiores e que mais têm conexões aéreas e, consequentemente, um número maior de passageiros.
4) O que fazer se tiver um voo afetado?
O passageiro deve procurar o balcão de embarque da companhia para verificar as soluções oferecidas. Se não conseguir resolver diretamente com a empresa, deve procurar o órgão de defesa do consumidor da cidade em que está e registrar uma reclamação administrativa.
5) Quais os direitos de quem for prejudicado?
Segundo os Procons, há vários direitos em caso de atraso ou cancelamento de voos.
O passageiro tem direito à informação prévia quanto ao cancelamento do voo nos canais das companhias aéreas;
* O passageiro tem prioridade de viajar no próximo embarque da companhia aérea com o mesmo destino;
* Pode ser direcionado para outra companhia (sem custo);
* Pode receber de volta a quantia paga ou, ainda, hospedar-se em hotel por conta da empresa. Se o consumidor estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto;
* Ter ressarcimento ou abatimento proporcional no caso de ocorrer algum dano material devido ao atraso como, por exemplo, perda de diárias, passeios e conexões;
Pleitear reparação junto ao judiciário se entender que o atraso causou-lhe algum dano moral (não chegou a tempo a uma reunião de trabalho, casamento etc.);
* Todas estas possibilidades devem ser garantidas sem prejuízo do acesso gratuito à alimentação, utilização de meios de comunicação, transporte etc.
* * Se tiver gastos, deve guardar os comprovantes do custo com chamadas telefônicas, refeições e hospedagem, para ser ressarcido.
6) Como os aeroportos se prepararam para a greve?
Na verdade, nenhum dos terminais estão detalhando as preparações, até porque não se sabe ao certo qual o efeito do movimento, já que não haverá voos cancelados, apenas “atrasados”. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) garantiu que vai manter 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles (de 1% a 2%) vai atrasar alguns voos. Nenhum voo será cancelado e todas as viagens serão realizadas, ainda que após os horários agendados pelas companhias aéreas - garantiu o sindicato.
No caso das instituições públicas que regem e fiscalizam a operação aérea do País, como a ANAC, a informação é de que, havendo necessidade, serão adotadas as medidas contingenciais previstas no Plano de Segurança Aeroportuário.
7) O que fazer, então?
Buscar informações sobre os voos antes de ir aos aeroportos. Procurar as companhias aéreas.
REIVINDICAÇÃO É INFLAÇÃO E AUMENTO DE 5%
Apesar do transtorno, é importante destacar que os pilotos não estão fazendo reivindicações alarmantes. Ao contrário. A principal demanda da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e o aumento real de 5%. Os aeronautas pedem também a definição de horários de folgas, proibição de alteração das escalas e cumprimento da regra de tempo mínimo em solo entre voos.
O SNEA afirmou, em seu pedido ao TST, que desde a primeira reunião de negociação os aeronautas sinalizaram que não abririam mão do aumento real. "Mesmo as empresas se esforçando ao máximo e apresentando proposta de reajuste de 100% do INPC, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de conceder outros pleitos sociais dos aeronautas", informou a entidade.
Os aeronautas, por sua vez, argumentam que os altos preços das passagens aéreas aumentaram também os lucros.