greve em aeroportos

GREVE AEROPORTOS: veja VOOS ATRASADOS por paralisação de PILOTOS E COMISSÁRIOS

Greve de pilotos e comissários geraram o atraso de voos em aeroportos do Brasil

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Ana Maria Miranda

Publicado em 19/12/2022 às 13:34 | Atualizado em 19/12/2022 às 13:52
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Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil

Começou nesta segunda-feira (19) a greve de pilotos e comissários, deflagrada na quinta-feira (15) pelos trabalhadores.

Na sexta (16), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que a greve só pode atingir 10% dos funcionários das empresas aéreas.

Nesse cenário, a paralisação ocasionou o atraso de dezenas de voos pelo Brasil, até por volta das 9h30.

Nesta segunda (19), tripulantes uniformizados se reuniram no saguão do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, desde pouco antes das 6h até as 8h.

As paralisações devem ocorrer diariamente e por prazo indeterminado, sempre nesse horário.

Veja os aeroportos onde houve voos atrasados por causa da greve:

  • Aeroporto de Congonhas, em São Paulo: oito voos atrasados por volta das 8h;
  • Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: um voo fora do horário;
  • Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro: um voo atrasado;
  • Aeroporto Santos Dumont, no Rio: quatro voos atrasados;
  • Aeroporto de Viracopos, em Campinas-SP: dois voos atrasados;
  • Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília: 2 voos cancelados e 25 voos atrasados - 14 decolagens e 11 pousos;
  • Belo Horizonte: um voo atrasado;
  • Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre: 2 embarques e 2 desembarques cancelados e 7 atrasos, reflexo de problemas em outros terminais;
  • Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza: 7 voos atrasados, reflexo de problemas em outros terminais.

A Fraport Brasil, concessionária que administra os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza, orienta que os usuários acompanhem eventuais atrasos e/ou cancelamentos de voos por meio do painel de voos no seu site, que possui um ferramenta atualizada em tempo real.

Em nota, a Gol Linhas Aéreas afirmou que, das 6h às 8h, todos os voos previstos foram operados. A companhia confirmou que alguns voos sofreram atrasos.

"Todos os esforços estão sendo empregados para tratar as contingências com nossos clientes, minimizando muito os impactos. A companhia coloca todos os seus canais de atendimento à disposição e recomenda que os clientes acompanhem o status dos seus voos", disse a Gol.

A LATAM informou que boa parte da operação ocorreu normalmente, "com apenas alguns impactos pontuais em alguns voos". A empresa informou que o movimento está relacionado à negociação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), e não da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da LATAM.

A companhia aérea pediu para que os passageiros verifiquem o status do seu voo em latam.com. Disse ainda que passageiros que tiveram voos afetados pela greve poderão remarcar gratuitamente os seus voos ou, em caso de desistência, solicitar o reembolsos dos seus bilhetes.

"Em paralelo, passageiros afetados por atrasos receberão todas as assistências materiais previstas pela legislação em vigor. A companhia ressalta que está em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas desde o início de setembro para construção do ACT e aguarda convocação de assembleia pelo Sindicato para votação pelos tripulantes da LATAM", afirmou.

Já a Azul Linhas Aéreas disse ao JC que não comentará o assunto.

Em todos os casos, é recomendado que os passageiros acompanhem o status do voo e cheguem com antecedência mínima de 2 horas ao aeroporto.

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POR QUE PILOTOS E COMISSÁRIOS ESTÃO EM GREVE?

A greve de pilotos e comissários em aeroportos reivindica melhores salários. Além disso, os funcionários pedem que as empresas aéreas respeitem os horários de descanso.

O diretor presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Henrique Hacklaender, disse que as reivindicações são básicas.

"Há um caráter financeiro, pois a categoria já não tem uma recomposição inflacionária nem qualquer tipo de ganho real há pelo menos três anos. E um caráter social, pois tentamos garantir minimamente que as empresas respeitem as folgas e os repousos dos tripulantes", afirmou.

Segundo Hacklaender, é possível que haja atrasos de voos. "Quanto a cancelamentos, não podemos prever. É uma prerrogativa das empresas, elas é que vão decidir se vão cancelar ou não os voos", disse.

No sábado (17), o TST apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que foi aceita pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), mas rejeitada pelos empregados, que decidiram manter a greve.

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