O governo de Pernambuco, até pela posição cômoda em que está - com uma nova gestão sendo iniciada -, não desconhece a situação de degradação dos 130 quilômetros da BR-232 entre o Recife e Caruaru, no Agreste do Estado.
Reconhece que a rodovia tem inúmeros problemas e perigos. E que precisa, sim, ser restaurada. Mas explica que, nos três meses de governo Raquel Lyra, se preocupou em manter as condições mínimas de segurança viária da rodovia.
Principalmente devido ao grande volume de veículos - 70 mil por dia - que circulam pela rodovia do meio para o fim do primeiro semestre do ano, com os feriados de Semana Santa e São João, por exemplo.
E que, por isso, precisou optar pela velha operação tapa-buraco, usando asfalto sobre as placas de concreto - o que tem transformado a rodovia numa verdadeira ‘montanha-russa’ de tantos desníveis no pavimento.
MAIS SEGURANÇA VIÁRIA
“Nos preocupamos, por enquanto, em manter a trafegabilidade da BR-232 e melhorar a segurança viária da rodovia. São dois contratos de R$ 10 milhões cada, divididos nos trechos Recife-Gravatá e Gravatá-Caruaru. Até agora, devemos ter gasto uns R$ 10 milhões com a operação tapa-buraco, capinação e contenção das encostas”, afirma o secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar.
O secretário destaca que não há como negar que, mesmo com os problemas, a BR-232 está muito mais segura do que esteve no passado. “Agora, sabemos que ela precisa de uma restauração que custa R$ 200 milhões. Esse é o valor que temos oficialmente. Estamos discutindo essa questão com o governo federal, inclusive, porque o Estado não tem condições de assumir”, pontua Avelar.
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DUPLICAÇÃO DA BR-104
O governo de Pernambuco também assume a responsabilidade sobre a não conclusão da duplicação da BR-104, em um trecho de aproximadamente sete quilômetros, entre Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, também no Agreste do Estado.
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Mas, segundo secretário de Mobilidade e Infraestrutura, um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) indicou que o Estado de Pernambuco terá que devolver R$ 100 milhões por serviços executados na rodovia em anos passados que não foram aprovados pelo órgão.
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“Não estamos falando de desvio, é importante destacar. São serviços feitos por fora do contrato, executados sem a validação do DNIT. Além disso, são necessários R$ 100 milhões para concluir o trecho da duplicação da BR-104. Estamos negociando com o Ministério dos Transportes porque não faz sentido o Estado assumir esse custo tendo as PEs para cuidar e a restauração da BR-232 para iniciar”, afirmou.
ESTADO QUER DISCUSSÃO SOBRE AS RODOVIAS FEDERAIS
Segundo Evandro Avelar, o governo quer discutir os convênios firmados com a União para gerir e restaurar as rodovias federais que cortam Pernambuco. A intenção, inclusive, é devolver as BRs.
“Vamos fazer a prestação de contas e, no caso das rodovias federais que têm processos na Justiça, como a duplicação da BR-232 e a restauração do contorno urbano da BR-101 na Região Metropolitana do Recife, que seja cobrado de quem foi responsável. Não dessa nova gestão”, argumenta.
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