Embora muitos pernambucanos já não tenham mais paciência para as idas e vindas do polêmico Arco Metropolitano, corredor rodoviário metropolitano discutido desde os anos 1990 como alternativa ao grande volume de veículos pesados que circulam no contorno urbano da BR-101 na Região Metropolitana do Recife, ele parece estar mais perto de finalmente começar a sair do papel.
Pelo menos a parte mais fácil e menos polêmica dele. O Lote 2, também chamado de trecho Sul, que compreende 27 km ligando o Cabo de Santo Agostinho à BR-232 e, de lá, até a BR-408, na altura do município de e Paudalho. A execução será realizada numa parceria entre o governo de Pernambuco e o governo federal, tendo sido anunciada durante visita do ministro dos Transportes, Renan Filho, ao Estado e à governadora Raquel Lyra.
O acordado entre o governo de Pernambuco e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é que o Estado irá fazer o projeto de todo o Lote 2 e licitar a implantação do trecho entre o Cabo e a BR-232. Enquanto a União cuidará da licitação do trecho entre a BR-232 e a BR-408.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar, o projeto executivo será concluído em outubro e, na sequência, as licitações poderão ser lançadas.
“O governo de Pernambuco entregará o projeto executivo e o DNIT fará a licitação dessa segunda parte do Lote 2, enquanto nós faremos a primeira parte, vamos chamar assim. Nossa expectativa é finalizar o projeto executivo até o fim de outubro, liberando para a licitação”, afirmou.
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De acordo com o secretário, o Lote 2 já tem licenciamento da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). No Total, o Arco Metropolitano será uma rodovia duplicada com 65 km. Cada um dos lotes tem custo de R$ 600 milhões.
TRECHO MAIS POLÊMICO DO ARCO METROPOLITANO AINDA SEM DEFINIÇÃO
Enquanto o Lote 2 - o mais simples do projeto do Arco Metropolitano - avança, ainda não há previsão sobre o Lote 1, que liga Paudalho a Goiana (Mata Norte do Estado) e é o mais polêmico porque corta a área de proteção ambiental Aldeia-Beberibe (APA Beberibe).
Atualmente, existem três traçados sendo discutidos e, segundo o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, a definição deverá ser feita pela governadora em breve.
Mesmo sem uma definição do Lote 1, Evandro Avelar defende a importância de iniciar o Arco. “Esses dois primeiros trechos já vão ajudar muito porque estaremos transferindo parte do tráfego pesado do contorno urbano da BR-101 para a BR-232, que é uma rodovia duplicada e no trecho em que ela está triplicada pelo Estado”, explica.
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“Vamos fazer a conexão da BR-101 às BRs 232 e 408, que levam para o interior de Pernambuco. Assim, vamos tirar metade do tráfego pesado que circula pela BR-101 entre o Cabo e a UFPE”, finaliza.