GREVE DE ÔNIBUS E METRÔ NO RECIFE: veja como vai ser a volta para casa hoje, 26/07
Durante o horário de pico da manhã, apenas 27% da frota dos ônibus estava em circulação
Região Metropolitana do Recife acordou com seu trânsito fora do comum após o decreto da greve dos rodoviários e metroviários, iniciada nesta quarta-feira (26).
Inicialmente, os motoristas de ônibus pedem pelo aumento real de 10% no salário, além da inflação, piso salarial para os setores administrativo e de manutenção, aumento do vale-refeição para R$ 600 e da cesta básica para R$ 400, entre outras reivindicações.
Os pedidos dos trabalhadores do metrô seguem na mesma linha, requerendo o reajuste do piso salarial, cláusulas garantindo a estabilidade dos empregos e a realocação dos funcionários para outro órgão, caso o transporte do Recife seja privatizado.
Circulação dos ônibus em greve
O Grande Recife Consórcio de Transporte comunicou ainda na terça-feira (25) que foi solicitado o cumprimento da frota mínima de 80% dos coletivos nos horários de pico e 50% nos horários fora do pico.
Entretanto, a Urbana-PE afirmou que, durante esta madrugada, o Sindicato dos Rodoviários bloqueou diversas garagens das empresas de ônibus, impedindo a circulação da frota e o livre exercício da atividade dos trabalhadores que não desejam participar do movimento.
A atitude estaria descumprindo as decisões liminares do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, a Lei 7.783/89 e a determinação do Grande Recife Consórcio de Transporte sobre a frota mínima em operação.
No horário de pico da manhã, às 06h, apenas 27% da frota estava em circulação. Segundo a Urbana-PE, por volta das 9h, o número subiu para 39%.
DETERMINAÇÃO DO TRT-6
Nesta quarta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) determinou o retorno de 60% da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife em horários de pico e de 40% nos demais períodos.
A determinação é direcionada para os motoristas de ônibus. Caso haja descumprimento, haverá o pagamento de multa de R$ 30 mil por dia.
A decisão foi tomada após julgamento do dissídio coletivo ajuizado pela Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco).