ÔNIBUS: Governo de Pernambuco diz que retirada de 200 ônibus foi para 'otimizar' operação na Região Metropolitana do Recife
Desde janeiro, 200 coletivos foram retirados da operação. Se o comparativo for com o período antes da pandemia de covid-19, são 300 ônibus a menos
O governo de Pernambuco confirmou que foram retirados 200 ônibus da operação na Região Metropolitana do Recife, mas garantiu que a medida não está comprometendo a qualidade do serviço. Na visão do Estado, o processo faz parte de uma otimização da operação.
Assim, nas explicações do governo, há linhas de ônibus que tiveram redução de frota porque a demanda de passageiros justificava, enquanto outras tiveram acréscimo. “Houve a redução, de fato, mas sem o comprometimento do serviço. É importante deixar isso claro para a população”, afirmou o presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), Matheus Freitas.
“Estamos otimizando a operação exatamente para garantir a prestação do serviço de linhas sociais, por exemplo. Eu consigo retirar os ônibus sem que haja a diminuição do serviço. Consigo até mesmo aumentar a frequência da oferta. Não é uma redução pura e simplesmente”, explicou.
CONFIRA OS NÚMEROS DA REDUÇÃO DE ÔNIBUS NO GRANDE RECIFE
Em novembro de 2019, o Sistema de Transporte Público (STPP) operava com uma frota de 2.459 coletivos no Grande Recife. Em novembro de 2022, eram 2.326. E, agora, em agosto de 2023, estão em operação apenas 2.132.
As reduções foram feitas a partir das programações de férias, quando todo passageiro sabe que há uma diminuição dos coletivos nas ruas. Mas, historicamente, essa redução era recomposta com o fim das férias. Não está sendo mais. Desde janeiro, com a nova gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), a recomposição da frota deixou de ser integral.
Segundo o presidente do CTM, a ação de otimização é embasada em um acompanhamento e um planejamento minucioso da operação, que tem como objetivo melhorar o serviço e, não, piorá-lo.
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“Nosso objetivo não é suspender a operação, tirar linhas ou prejudicar o passageiro. Ao contrário, é fazer mais ofertando o que temos de melhor. Estamos, por exemplo, reduzindo no fora pico para aumentar a oferta no pico, quando o passageiro mais precisa. Queremos, inclusive, desmistificar esse conceito de que o CTM não olha para o usuário. Estamos promovendo mudanças no órgão. Costumo dizer que o CTM está passando por uma metamorfose benéfica”, afirmou.
AJUSTES APÓS A CRISE PROVOCADA PELA PANDEMIA DE COVID-19
A redução dos 200 ônibus, de acordo com o CTM, também é resultado dos ajustes que o estado está precisando fazer ainda como resultado do impacto da pandemia de covid-19. Segundo Matheus Freitas, com a crise sanitária foi necessário manter uma frota bem acima da demanda de passageiros, que caiu a 20%.
“Isso gerou um subsídio direto por parte do Estado que, agora, precisa ser revisto para que seja ajustado às reais necessidades dos passageiros. Não significa que o Estado ache que a previsão de R$ 400 milhões de subsídios públicos para o sistema este ano é muito. O que buscamos é o uso correto e melhor desses recursos”, afirmou.
Durante a pandemia, foram transportados em média, aproximadamente 1 milhão de passageiros por dia útil, com uma frota de aproximadamente 2.400 ônibus. Já após a pandemia, a média de passageiros por dia útil é de aproximadamente 760 mil, com uma frota de a aproximadamente 2.100 ônibus.
Linhas que apresentam aumento de passageiros estão recebendo reforço de na oferta de serviço. A título de exemplo, no dia 21 de agosto 4 linhas (011, 061, 062 e 346) e em 28 de agosto vamos aumentar em mais 3 linhas (064, 020 e 910).