TRANSPORTE SUSTENTÁVEL: multinacional australiana anuncia investimento na produção de HIDROGÊNIO VERDE, a bola da vez no transporte público
O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia
O empresário australiano Andrew Forrest, presidente da Fortescue, uma das maiores mineradoras do mundo, com sede na Austrália, anunciou nesta quinta-feira (9/11) investimentos de US$ 5 bilhões em um projeto voltado para a produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. Forrest foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, participou do encontro.
O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável. Segundo informações do governo federal, a iniciativa tem estimativa de gerar cerca de cinco mil empregos na fase de construção.
No último mês de outubro, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela Fortescue para implantação da planta de hidrogênio verde e autorizou a emissão, por parte da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), da licença prévia. A empresa foi a primeira a chegar nessa fase.
HIDROGÊNIO VERDE É A BOLA DA VEZ
Considerado "o combustível do futuro", o hidrogênio verde é um tipo de fonte de energia produzida e transportado sem o uso de combustíveis fósseis ou de outros processos prejudiciais ao meio ambiente. Esta semana, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloísio Mercadante, tinha afirmado que o hidrogênio verde é a bola da vez no processo de descarbonização do Brasil.
"O grande salto da fronteira energética agora é o hidrogênio verde. Quem tiver projeto pode nos procurar. Temos grande interesse no hidrogênio verde e no combustível sintético, que vai ser a próxima etapa para a aviação, para os navios e para a indústria automotiva", disse Mercadante.
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Mercadante citou, entre os desafios do País, o de mudar a indústria automotiva, de forma a avançar no processo para uma economia ambientalmente mais limpa. "Temos 172 mil ônibus no País. O brasileiro é o segundo povo que mais anda de ônibus no planeta. E 52% dos ônibus produzidos vendidos na América Latina foram feitos no Brasil", disse.