PASSAGEM DE AVIÃO

Passagem a R$ 200: Voa Brasil será lançado na próxima quarta-feira (17), promete ministro Silvio Costa Filho

As regras do Voa Brasil, entretanto, ainda não estão muito claras, até porque foi necessário fazer ajustes à proposta inicial defendida por Márcio França. E essa missão coube ao ministro Sílvio Costa Filho

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Roberta Soares

Publicado em 11/04/2024 às 13:14 | Atualizado em 11/04/2024 às 13:24
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Lá vamos nós - o Brasil - de novo. A expectativa, agora, é de que o Voa Brasil, programa prometido desde o início do governo do presidente Lula, que já derrubou ministro e previa passagens de avião a R$ 200 para grupos específicos - será lançado na próxima semana, em Brasília (DF).

A promessa foi feita oficialmente pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, com publicação em suas redes sociais. "O governo federal lançará no próximo dia 17 o Programa Voa Brasil. Fruto de uma construção coletiva com as companhias aéreas", escreveu Costa Filho na publicação.

Prometido pelo governo federal há mais de um ano, o Voa Brasil prevê passagens áreas por até R$ 200 para aposentados do INSS e estudantes do Programa Universidade para Todos (Prouni) que não viajaram nos últimos 12 meses. E seriam em voos na baixa estação do setor aéreo.

VOA BRASIL GEROU MUITA POLÊMICA PARA SER LANÇADO

O Voa Brasil enfrentou muita resistência das companhias aéreas, que cobram medidas de auxílio do governo para contornar a crise enfrentada pelo setor. E, por isso, quase não vinga.

Chegou, inclusive, a criar problemas internos no governo, provocando - segundo informações de bastidores - a saída do antecessor de Sílvio Costa Filho, Márcio França (PSB), atual ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Na época, França anunciou o lançamento futuro do programa sem ter combinado com as aéreas.

DÚVIDAS SOBRE DETALHES DO PROGRAMA VOA BRASIL

Arquivo Pessoal
A promessa foi feita oficialmente pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, com publicação em suas redes sociais - Arquivo Pessoal

As regras do Voa Brasil, entretanto, ainda não estão muito claras, até porque foi necessário fazer ajustes à proposta inicial defendida por Márcio França. E essa missão coube ao ministro Sílvio Costa Filho.

Não está claro, por exemplo, sobre quais são essas passagens. Se elas já são ofertadas por esse valor para o público geral e agora, a partir da política pública, serão direcionadas para apenas o público-alvo.

Já se sabe, entretanto, que a iniciativa não dependerá de subsídio do governo, sendo idealizada em formato para que as companhias aéreas possam oferecer passagens em períodos de ociosidade no setor, como nos meses de março, abril, maio, agosto, setembro, outubro e novembro.

Sílvio Costa Filho vem afirmando desde que assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos, no fim de 2023, que, futuramente, o programa poderá ser ampliado para outros públicos e mesmo ganhar uma "versão internacional", com disponibilização de voos para outros países. Não há, entretanto, informação de quando e como isso seria feito.

ENTENDA QUAL FOI A PROPOSTA DO VOA BRASIL DIVULGADA DURANTE 2023

Gabriel Ferreira/ Jc Imagem
O Voa Brasil enfrentou muita resistência das companhias aéreas, que cobram medidas de auxílio do governo para contornar a crise enfrentada pelo setor. E, por isso, quase não vinga - Gabriel Ferreira/ Jc Imagem

Quando começou a ser apresentado à sociedade pelo então ministro Márcio França, a proposta do Voa Brasil era oferecer o trecho no valor de R$ 200 para qualquer parte do País. O objetivo era usar a ociosidade nos voos em determinados períodos do ano para garantir que pessoas que hoje não possam voar tivessem a oportunidade.

“Atualmente, são emitidas 90 milhões de passagens por ano, mas apenas 10 milhões de brasileiros voam por meio delas. Ou seja, é o mesmo público que viaja várias vezes. Por isso, o presidente Lula já tinha me encomendado que a gente buscasse novos passageiros. E a ideia era buscar gente que já tivesse vínculo conosco”, argumentou Márcio França no início de 2023.

A intenção do governo federal era emitir 12 milhões de passagens por ano, para cobrir a ociosidade (lugares vazios) nos voos. A ideia seria estipular o preço de R$ 200 por bilhete para grupos específicos, como estudantes do Fies, servidores públicos e aposentados com renda mensal de até R$ 6,8 mil.

Outro condicionante era que as passagens a R$ 200 seriam disponibilizadas apenas em períodos intermediários, fora da época de férias e festas. Ou seja, excluindo meses como dezembro, janeiro, fevereiro, junho e julho, por exemplo.

Com informações do Estadão Conteúdo

 

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