Porsche: Polícia civil pede prisão de motorista de Porsche pela 3ª vez após concluir inquérito
A Justiça de São Paulo negou o pedido duas vezes, apesar das provas de imprudência ao volante encontradas contra o motorista
A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigava a violenta colisão provocada pelo condutor de um Porsche avaliado em R$ 1 milhão, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, e que matou o motorista de aplicativo Ornaldo Viana, 52, na Zona Leste de São Paulo. E, pela terceira vez, pediu a prisão preventiva do condutor.
A Justiça de São Paulo negou o pedido duas vezes, apesar das provas de imprudência ao volante encontradas contra o motorista. Por nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito foi concluído pelo 30° DP (Tatuapé) e encaminhado para a Justiça, que deve acatar ou não o pedido de prisão.
A prisão foi solicitada pela terceira vez após a Polícia Militar entregar imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência para a investigação criminal. As imagens foram divulgadas pela Globo News na manhã desta quinta-feira (25/4) e mostram o empresário, ao lado da mãe e do tio, falando que tinham saído de uma festa e não se recordava do que havia acontecido no sinistro de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define, segundo a ABNT).
EMPRESÁRIO DIRIGIA PORSCHE A 156 KM/H
Na terça-feira (23), a perícia técnica foi concluída e constatou que o motorista do Porsche estava a 156 km/h momentos antes de colidir violentamente na traseira do Sandero do motorista de aplicativo.
CASO PORSCHE: investigação apura se motorista bebeu antes de colisão
A velocidade - acreditem - é três vezes maior que o limite da Avenida Salim Farah Maluf, onde ocorreu o sinistro de trânsito que matou Ornaldo. Na via, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. A informação está no laudo divulgado pela Polícia Científica de São Paulo e confirmada pelo Ministério Público de São Paulo.
- Condutor do Porsche estava a 156 km/h no momento da colisão em São Paulo, três vezes mais que o permitido
- Justiça de SP nega segundo pedido de prisão contra motorista de Porsche
- Radares da região onde ocorreu colisão com Porsche estavam desativados, diz CET
- Motorista de Porsche se entrega e é indiciado por dolo eventual. Conduta de PMs será investigada
A velocidade do carro de luxo no momento da colisão foi estimada pelos peritos após a análise de imagens de câmeras de segurança, que registraram o ocorrido.
PMS RESPONSABILIZADOS POR NÃO SUBMETER CONDUTOR AO TESTE DE ALCOOLEMIA
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) realizou uma sindicância e concluiu que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam à ocorrência ao não submeter o motorista ao teste de alcoolemia.
A violenta colisão aconteceu na madrugada do dia 31 de março, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Fernando Sastre conduzia o carro de luxo com a presença de um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinícius Machado Rocha. Em alta velocidade, ele colidiu com o Sandero de Ornaldo e matou o motorista de aplicativo. O amigo do dono do Porsche, que estava no banco do carona, ficou gravemente ferido.
O Porsche envolvido no caso é um veículo avaliado em mais de R$ 1 milhão. A colisão aconteceu por volta das 2 horas da manhã. Depois de colidir com o Sandero, Fernando fugiu do local. O condutor do Sandero chegou a ser socorrido com parada cardiorrespiratória para o Hospital Tatuapé, mas morreu devido a múltiplos traumatismos.