Porsche: família de motorista de aplicativo morto em colisão com Porsche pede indenização milionária
A família entrou com uma ação na Justiça de São Paulo e, além do valor a ser pago à família de ornaldo, os advogados da vítima pedem que Sastre pague prestações alimentares à esposa da vítima e a sua filha adolescente
A família do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que morreu vítima de uma violenta colisão provocada pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia um Porsche em alta velocidade na Zona Leste de São Paulo, está pedindo R$ 5 milhões de indenização por danos.
A família entrou com uma ação na Justiça de São Paulo e, além do valor a ser pago à família de ornaldo, os advogados da vítima pedem que Sastre pague prestações alimentares à esposa da vítima e a sua filha adolescente que moram em Guarulhos, no Litoral paulista.
As informação são do Ministério Público de São Paulo (MPSP). "O promotor de Justiça Fernando Bolque manifestou-se a favor da concessão de liminar para que o condutor do Porsche envolvido em colisão no dia 31 de março em São Paulo seja obrigado a pagar pensão provisória de três salários mínimos a familiares do motorista de aplicativo morto com o choque entre os automóveis", informou o MPSP.
EMPRESÁRIO FOI PRESO APÓS VÁRIAS TENTATIVAS NEGADAS PELA JUSTIÇA DE SÃO PAULO
Sastre foi preso no dia 6/5 pela Polícia Civil de São Paulo, depois que o condutor se entregou à Justiça na 5ª Delegacia Seccional Leste, no Tatuapé. O motorista do Porsche ficou foragido por três dias, já que na sexta-feira (3) a Justiça decretou sua prisão e ele não foi encontrado pela Polícia Civil em sua casa no sábado (4).
A Justiça de São Paulo, entretanto, só decretou a prisão preventiva do empresário após três pedidos da Polícia Civil e Ministério Público, e após muita repercussão social do caso. Sastre permanece no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos.
EMPRESÁRIO DIRIGIA PORSCHE A 156 KM/H
A perícia técnica constatou que o motorista do Porsche estava a 156 km/h momentos antes de colidir violentamente na traseira do Sandero do motorista de aplicativo. A velocidade - acreditem - é três vezes maior que o limite da Avenida Salim Farah Maluf, onde ocorreu o sinistro de trânsito que matou Ornaldo.
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Na via, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. A informação está no laudo divulgado pela Polícia Científica de São Paulo e confirmada pelo Ministério Público de São Paulo. A velocidade do carro de luxo no momento da colisão foi estimada pelos peritos após a análise de imagens de câmeras de segurança, que registraram o ocorrido.
PMS RESPONSABILIZADOS POR NÃO SUBMETER CONDUTOR AO TESTE DE ALCOOLEMIA
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) realizou uma sindicância e concluiu que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam à ocorrência ao não submeter o motorista ao teste de alcoolemia.
A violenta colisão aconteceu na madrugada do dia 31 de março, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Fernando Sastre conduzia o carro de luxo com a presença de um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinícius Machado Rocha. Em alta velocidade, ele colidiu com o Sandero de Ornaldo e matou o motorista de aplicativo. O amigo do dono do Porsche, que estava no banco do carona, ficou gravemente ferido.
O Porsche envolvido no caso é um veículo avaliado em mais de R$ 1 milhão. A colisão aconteceu por volta das 2 horas da manhã. Depois de colidir com o Sandero, Fernando fugiu do local. O condutor do Sandero chegou a ser socorrido com parada cardiorrespiratória para o Hospital Tatuapé, mas morreu devido a múltiplos traumatismos.
Com informações da Agência Brasil.