Colisão em Minas Gerais: sobe para 41 o número de mortos e CNH de motorista de caminhão estava suspensa há dois anos
Polícia trabalha com a linha de investigação de que a colisão foi causada por excesso de peso no transporte de carga. Condutor está foragido
O número de vítimas que morreram na tragédia envolvendo um ônibus rodoviário de passageiros, um caminhão e um automóvel, na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, neste sábado (21/12), subiu para 41, de acordo com a Polícia Civil.
Ao mesmo tempo, as investigações do caso mostraram que o motorista de caminhão que teria provocado a violenta colisão está com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) apreendida há dois anos. Ele é considerado foragido pela polícia.
Segundo a Polícia Civil mineira, o condutor teve a CNH apreendida numa blitz da Lei Seca em Mantena, cidade do Vale do Rio Doce, quando se recusou a fazer o teste do bafômetro. Desde então, ele não tinha mais autorização para dirigir.
As forças de segurança estão fazendo buscas pelo homem no Espírito Santo e pedem para que ele se apresente em uma delegacia da Polícia Civil.
PRIMEIRAS INVESTIGAÇÕES APONTAM EXCESSO DE PESO NO CAMINHÃO
As primeiras investigações sobre o sinistro de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define) apontam que a colisão teria sido provocada por excesso de peso da carga transportada pelo caminhão.
Por isso, uma pedra de granito teria se soltado do veículo e colidido com o ônibus de passageiros que trafegava no sentido contrário da BR-116. Notas fiscais apontam que a carga saiu do Ceará e seguia para o Espírito Santo. Segundo a polícia, o indicativo é de responsabilidade por parte do condutor da carreta.
ENTENDA COMO FOI A GRAVE COLISÃO
O sinistro envolveu um ônibus, uma carreta e um veículo de passeio, na BR-116 e foi a maior tragédia em rodovias federais no Brasil desde 2007, primeiro ano com dados disponíveis para consulta, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A causa teria sido o fato de um grande bloco de granito ter se soltado da carroceria de um caminhão que vinha em sentido contrário e atingiu o ônibus que seguia de São Paulo para a Bahia. Um carro, que vinha atrás do ônibus, também se envolveu na colisão.
Com o choque, o coletivo se incendiou. Pessoas morreram carbonizadas e presas às ferragens. Outros passageiros conseguiram sair do ônibus com vida e foram encaminhados a hospitais.
Os três ocupantes do carro conseguiram sobreviver. Segundo os bombeiros, o motorista do ônibus morreu, enquanto o do caminhão fugiu do local.
Os corpos de 37 das 38 vítimas fatais foram retirados do ônibus destruído, vários deles carbonizados, e foram contabilizados no Instituto Médico Legal. Outra vítima morreu no hospital. De acordo com os bombeiros, há pelo menos uma criança entre os mortos.