Política

Bolsonaro e Centrão próximos acordo sobre escolha do presidente da Câmara dos Deputados

O deputado Artur Lira (PP-AL) nada de braçadas rumo à cadeira hoje ocupada por Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Romoaldo de Souza
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Romoaldo de Souza
Publicado em 15/12/2020 às 6:29
ISAC NÓBREGA/PR
Líderes religiosos acusam o presidente de agravar a crise do coronavírus - FOTO: ISAC NÓBREGA/PR

Já faz um bom tempo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não usa do bordão casamenteiro, para falar de alguma das atividades governamentais. Ainda recorde-me que certa vez, ali pelo início deste ano, o presidente fazia as tratativas para tirar a atriz Regina Duarte do elenco de artistas das novelas da Globo e colocá-la na Esplanada dos Ministério, com a finalidade de cuidar da área da Cultura.

“Consideramos, nesse momento, o avanço de uma nova fase do noivado, com trâmites preparatórios oficiais para o casamento”, resumiu o presidente que logo depois “pediu o divórcio” da “namoradinha do Brasil”.

Usando essa linguagem da linha evolutiva do afeto, que começa pegando na mão, depois vem um beijo, um aperto, um abraço. Já é possível dizer que quando o assunto é a escolha do presidente da Câmara dos Deputados, Bolsonaro e o “Centrão”, ainda não estão de papel passado, mas já estão dormindo juntos.

O deputado Artur Lira (PP-AL) nada de braçadas rumo à cadeira hoje ocupada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), numa aliança que vai da extrema direita conservadora, como é o presidente Bolsonaro e sua trupe mambembe, até os fisiologistas da esquerda capitaneados pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Havendo casamento, o que é bem provável, teremos na “igreja” padrinhos que no passado não se falavam, mas que hoje “comungam” do mesmo objetivo: ter um presidente da Câmara para chamar de seu. É isso que chamo de casamento por conveniência.
Pense nisso!

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