É chegada a hora de pais, educadores e dirigentes de escolas começarem a discutir a retomada das aulas presenciais
Leia a opinião de Romoaldo de Souza
É chegada a hora de pais, educadores e dirigentes de escolas públicas e privadas começarem a discutir a retomada das aulas presenciais. É urgente a medida, e não estou falando apenas como educador nem olhando para as condições de alguns pais que não têm onde deixar os filhos. Este é um tema que vai ter repercussão no futuro acadêmico de nossa juventude, e por isso mesmo, por essa importância, precisa entrar no radar dos debates com o mesmo entusiasmo com que as redes sociais discutem as malfadadas personagens estereotipadas dos programas de confinamento da televisão brasileira.
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Já está mais do que na hora do Ministério da Educação reunir os secretários estaduais - que por sua vez devem escutar os representantes dos municípios - e assumir de vez o papel de tutor do debate. Vai haver retomada as aulas? Ótimo! Então parece importante que os pais assumam a função de colaboradores com a escola e com os educadores.
Cabe aos pais fiscalizar se as condições são dadas pelas escolas para que seus filhos retornem à sala de aula com segurança. O pai não pode ser mais aquela figura que para o carro em fila dupla na porta da escola e fica olhando até que o menino, a menina atravesse o portão. O pai tem que exercer o seu papel de colaborador com a escola.
Agora, se a sociedade, em último caso, chegar à conclusão de que a escola não oferece condições seguras de retomada das aulas presenciais e o ensino tem de ser mesmo a distância, pais, professores, gestores - públicos e privados - precisam urgentemente ir ao encontro de condições mínimas de funcionamento, com material didático adaptado à nova realidade e internet capaz de dar suporte no aprendizado.
Ah, e por último, ainda que advogando em causa própria, está na hora das autoridades sanitárias incluir os educadores no rol das prioridades para receberem a vacina.
Pense nisso!