Romoaldo de Souza

Invasão russa à Ucrânia caiu como uma luva na guerra que Bolsonaro trava contra povos indígenas

Meter as máquinas nas terras indígenas é apenas uma desculpa esfarrapada para por em prática uma política que certamente terá nocivos efeitos àquelas comunidades

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Romoaldo de Souza

Publicado em 03/03/2022 às 8:22
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Ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não condene a invasão russa à Ucrânia, mas o conflito caiu como uma luva na guerra que ele vem travando contra os povos indígenas.

Bolsonaro defendeu a aprovação do Projeto de Lei 191/2020, que permite a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em terras indígenas. “Com a guerra Rússia/Ucrânia, hoje corremos o risco da falta do potássio ou aumento do seu preço. Nossa segurança alimentar e agronegócio (Economia) exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”.

Conhecido como o pai da tragédia grega, o dramaturgo Ésquilo (525 a.C - 456 a.C), dizia que “Na guerra, a verdade é a primeira vítima.“ O presidente brasileiro não deixa a frase cair no esquecimento. O Brasil durante muitos anos virou as costas para as alternativas que foram surgindo para produzir fertilizantes. Já no atual governo, a Petrobras fechou uma fabrica de fertilizantes nitrogenados em Araucária (PR) e vendeu outra que estava prestes a ser inaugurada, em Três Lagoas (MS).

Meter as máquinas nas terras indígenas é apenas uma desculpa esfarrapada para por em prática uma política que certamente terá nocivos efeitos àquelas comunidades.

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