Romoaldo de Souza

Naufraga tentativa de federação do MDB, PSDB e União Brasil

Estava mais do que na cara que juntar interesses tão difusos com duração de quatro anos seria praticamente impossível, mas o que mais pegou mesmo para que a federação não saísse do papel foi como a gente costuma dizer, na linguagem popular: tinha cacique demais para tão pouco índio

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Romoaldo de Souza

Publicado em 24/02/2022 às 8:58
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O naufrágio da tentativa de criar uma federação de partidos, envolvendo o MDB, o PSDB e o União Brasil, vai provocar nova reviravolta nas eleições nacionais, mas é nos estados onde os efeitos serão mais sentidos.

Eu conversei com políticos que me garantiram que esses três partidos não devem criar uma federação e candidaturas como as de Simone Tebet (MDB) e João Dória (PSDB) ganham fôlego, ainda que pequeno.

Estava mais do que na cara que juntar interesses tão difusos com duração de quatro anos seria praticamente impossível, mas o que mais pegou mesmo para que a federação não saísse do papel foi como a gente costuma dizer, na linguagem popular: tinha cacique demais para tão pouco índio.

Agora, é hora de calçar as botas e meter o pé no atoleiro. A senadora Simone Tebet é quem tem menos a perder. Ela dificilmente teria chance de voltar ao Senado, então, coloca em jogo sua provável eleição para deputada federal.

João Dória seria quem mais riscos correria, mantendo a candidatura presidencial. Pesquisas apontam que como governador de São Paulo poderia pleitear a reeleição e deixar para daqui a quatro anos o sonho de disputar o Palácio do Planalto.

Em Pernambuco, sem a federação de MDB, PSDB e União Brasil, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, tem ameaçada sua possível chance de vitória ao governo estadual.

Se entre pessoas que se amam, um casamento de quatro anos precisa de ajustes diários, imagine de legendas com diferentes interesses!

Pense nisso!

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