Após prisão de Ribeiro, ministro recomendou que Bolsonaro mantivesse distância das fogueiras de São João em Caruaru
No Palácio do Planalto, já é dado como certo que o presidente da República vai sair chamuscado depois da prisão do seu ex-auxiliar
Pode até ser que Jair Bolsonaro (PL) não cumpra a promessa de "colocar a cara no fogo", como tinha dito em março, em sinal de confiança no seu então ministro da Educação, Milton Ribeiro, mas no Palácio do Planalto, já é dado como certo que o presidente da República vai sair chamuscado depois da prisão do seu ex-auxiliar.
Ontem, em entrevista, o presidente já deu uma de Pôncio Pilatos [o governador tomado que comandou o julgamento de Jesus Cristo] e lavou as mãos.
“O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, é aquela questão que ele estaria com uma conversa meio informal demais com pessoas de confiança dele. E daí houve denúncia que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar, para liberar recurso, isso e aquilo. Isso vai respingar em mim, obviamente”, destacou Bolsonaro, em entrevista à rádio Itatiaia.
Um ministro com gabinete no Palácio do Planalto chegou a brincar com o presidente, tão logo surgiram as informações da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
O auxiliar de Bolsonaro recomendou que o presidente mantivesse distância das fogueiras de São João, em sua viagem a Caruaru. Bolsonaro não gostou da brincadeira e o clima foi de constrangimento na mesa de reuniões.
Pense nisso!