Desorientado, governo revoga controle do Pix e ameaça chamar a PF
Brasília viveu dia de idas e vindas. Até que o ministro da Fazenda mandou a Receita Federal assumir o estrago e revogar a instrução normativa

CHAMA O VINICIUS!
Contando ninguém acredita. Mas o governo revogou a medida [instrução normativa] da Receita Federal adotada para “combater o crime organizado”, nas palavras do secretário Robinson Barreirinhas. Nem tem como chamar a Secretaria de Comunicação Social nem a Advocacia-Geral da União, o jeito é pegar um violão, dá um Sol e cantarolar Vinicius de Moraes (1913-1980), em seu Cotidiano Nº 2:
“Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: escute, amigo
Se foi pra desfazer, por que é que fez?”
GOVERNO TOMOU UM VAREIO
Depois de ter sido engolido pelas redes sociais, pela narrativa de informações distorcidas e “queimar” Lula da Silva (PT), seu garoto propaganda, o governo deu meia-volta nas regras de monitoramento da transação bancária e editou medida provisória “para reforçar gratuidade do Pix.”
CASO PENSADO
O ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), que não sossega enquanto não “enquadrar” as redes sociais, em nome de uma “regulação” premeditada, voltou a defender o controle da mídia e ameaçou com a Polícia Federal e a própria AGU para criminalizar a “utilização de símbolos do governo” como da Receita Federal, “nessa operação”. “Identificamos práticas abusivas nas relações de consumo”, afirmou.
QUEIMANDO LENHA
Se fosse somente a derrota da falsa taxação do Pix, o governo Lula se daria por satisfeito. Mas uma promessa ainda da época de transição, em dezembro de 2022, não saiu do papel: a Autoridade Climática mexeu com os brios de algumas autoridades, mas não está sacramentada.
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COP30 SEM COMANDO
A conferência climática de novembro deste ano, em Belém (PA), enfrenta desorganização, falta de diálogo entre os ministérios, tudo porque o presidente Lula não definiu a quem caberá a responsabilidade da presidência da COP30. O presidente da conferência terá a responsabilidade de “liderar as negociações antes e durante o evento”, para evitar que chegue ao final sem uma carta com as promessas dos países participantes.
CHAMA O CURUPIRA
Ao menos em um ponto o governo está adiantado. Curupira será o mascote da COP30. Segundo a lenda, curupira - “o protetor das florestas”- é um menino de cabelos vermelhos e pés virados para trás, para desorientar os caçadores.
PGR DIZ NÃO A BOLSONARO
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deu parecer contrário à liberação do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ir aos Estados Unidos assistir à posse de Donald Trump. A alegação da PGR é de que “não há interesse” público na viagem a Washington. “A viagem desejada pretende satisfazer interesse privado do requerente, que não se entremostra imprescindível. Não há, na exposição do pedido, evidência de que a jornada ao exterior acudiria a algum interesse vital do requerente, capaz de sobrelevar o interesse público”, argumentou Gonet.
ERA SÓ O QUE FALTAVA
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já estava convencido de que a negativa para liberar o passaporte do ex-presidente era “o caminho natural”. O parecer da PGR jogou uma pá de cal nas pretensões de Bolsonaro de comer um hambúrguer com Trump.
PENSE NISSO!
Faltam dez meses para a abertura da conferência sobre o clima, e até aqui, a não ser "bijuterias” como a escolha do mascote que é um menino que tem os pés virados para trás, e despesas incalculáveis, o Brasil está bem atrasado para ser sede da COP30.
Imagine que o presidente da França, Emmanuel Macron, decida encaminhar uma planilha com as propostas do país de Montesquieu (1689-1755). O “companheiro” Macron não terá a quem endereçar a correspondência. O Brasil ainda não escolheu quem vai presidir a conferência.
Além do quê, é sabido que o país do ambientalista Chico Mendes (1944-1988) tem mais “cartas de intenção” do que mesmo ações efetivas que apontem seu empenho para reduzir o desmatamento na Amazônia.
O Brasil está parecendo aquele almoço da família em que os convidados vão chegando e a mesa não está posta, as cadeiras fora do lugar e o fogo nem foi aceso
Pense nisso!