Primeiro game lançado para nova geração dos consoles tem DNA pernambucano
Returnal traz o gênero "roguelike", onde os jogadores acompanham a história da viajante espacial Selene
Podemos vibrar e gritar para todo o planeta que Pernambuco é gigante! Recentemente foi lançado Returnal, o primeiro jogo lançado para nova geração de consoles. O game exclusivo para PS5 contou com a participação de desenvolvedores do nosso estado, a turma da Diorama Digital.
A empresa passou por um teste da Housemarque para poder seguir no projeto. O crivo de qualidade artisitica e técnica exigido era alto, mas nada que desmotivasse os “bravos guerreiros” pernambucanos.
“Ficamos responsáveis pela produção de arte 3D de vários elementos utilizados no jogo. O trabalho durou aproximadamente um ano e por conta do contrato de sigilo não podemos especificar os modelos que fizemos. Por outro lado, podemos listar os tipos de modelos desenvolvidos, como muitas das estruturas gigantescas e de importância narrativa no game, armas, algumas criaturas, um dos trajes da personagem principal, além de vários tipos de vegetações e alguns dispositivos interativos”, revela o diretor Everaldo Neto.
Returnal traz o gênero “roguelike”, onde os jogadores acompanham a história da viajante espacial Selene, que acaba fazendo um pouso forçado numa civilização alienígena. Desesperada, a protagonista está presa em um loop temporal e deve desvendar o mistério do lugar para quebrar o ciclo e retornar para casa.
Na ação do jogo da Sony, os jogadores também precisam lidar com hordas de bizarras criaturas alienígenas e com misteriosas visões. Os techos de exploração em primeira pessoa são boas apostas do jogo. Nesses momentos os conturbados pensamentos atormentam Selena e coloca o jogador praticamente dentro das cenas.
A resolução em 4K com efeitos de ray-tracing a 60 quadros por segundo constantes ajudam a deixar tudo mais bonito e complexos. Tudo fica em movimento e dá uma sensação de realidade incrível. Como por exemplo, as rochas caindo pelas encostas durante uma cena de combate, a vegetação do planeta se movimenta de maneira alienígena além de outros detalhes.
“Sentimos muito orgulho da nossa equipe e de tudo que construímos. Já tínhamos trabalhado em outros exclusivos para consoles da linha Playstation, mas cada projeto tem um desafio específico. Em Returnal não foi diferente, sempre damos o nosso melhor e é sempre gratificante ver o resultado do nosso trabalho ganhando o mundo”, conta Everaldo Neto.
Além do Returnal, a Diorama tem no protfólio grandes trabalhos: Just Cause 4, Breach, Override: MechcityBrawl, Override 2: SuperMechLeague, Predator: HuntingGrounds, Project Wingman e Borderlands 3.
A empresa fundada em 2013 ganhou notoriedade pelo trabalho no Horizon Zero Dawn, projeto em parceria com o Kokku Hub, onde a Diorama foi responsável pela produção de algumas das principais criaturas mecânicas do game.
Em 2019 a Diorama Digital se uniu ao também estúdio pernambucano, Blackzebra Studio e atualmente com 70 profissionais, pernambucanos e de outros estados do Brasil, além de desenvolvedores fora do país.
“Pernambuco sempre foi forte e fez parte da vanguarda do cenário de desenvolvimento de jogos no país. Sempre exportamos excelentes profissionais para quase todos os continentes desse mundo. Vale ressaltar que outros estados também têm se solidificado bastante na produção e consequentemente ajudado o Brasil a se destacar mundo a fora”, comemora, Everaldo Neto.
Pernambucanos da Diorama também participaram do Horizon Zero Dawn
Na época do “Joga Dois” a gente recebeu o Everaldo Neto e o Alex Rodrigues para uma partida inusitada de Mario Kart para Super Nintendo. Os desenvolvedores da Diorama Digital deram detalhes da participação do game Horizon Zero Dawn, para PS4 e comentaram sobre o projeto Araní. Se liga!