Atualizada às 15h44 de 15 de junho
A empresária Sarí Côrte Real, autuada por homicídio culposo pela morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que caiu de um prédio de luxo na área central do Recife, deve prestar depoimento nesta segunda-feira (14). Será a primeira vez que a patroa da mãe de Miguel vai falar sobre o caso, já que no dia em que foi presa em flagrante ela preferiu ficar em silêncio. A defesa de Sarí afirma que, desta vez, ela falará ao delegado Ramon Teixeira detalhes do caso. Até 15h, contudo, Sarí não havia comparecido para depor. Também não há previsão de quando ela chegar para ser ouvida pela polícia.
Na última sexta-feira (12), prestaram depoimento à polícia a manicure que atendia Sarí no momento do acidente e um funcionário do edifício. A manicure não quis falar com a imprensa sobre o caso. Ela estava acompanhada de pelo menos dois advogados. Já o gerente de operações do prédio, Thomaz Silva, disse que não iria sair em defesa de ninguém, mas afirmou que Sarí ajudou a mãe a socorrer a criança.
Apesar de ter sido autuada em flagrante, a primeira-dama de Tamandaré não ficou presa. Ela pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada pela polícia. Na saída, também não quis falar com os jornalistas.
O condomínio onde Miguel morreu já passou por três perícias desde o último dia 2 de junho. Ainda não há informações de quando os laudos serão entregues ao delegado.
CASO MIGUEL
O menino Miguel era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, empregada doméstica de Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). Mirtes havia deixado o filho sob a responsabilidade da patroa e desceu para passear na rua com o cachorro da família. Ao voltar para o prédio, ela se deparou com o filho praticamente morto. Miguel morreu no Hospital da Restauração. Para a mãe de Miguel, faltou paciência da patroa com o filho.
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