Com 14 mortes de mulheres, Cabo de Santo Agostinho tem ato pelo fim da violência
Quatro feminicídios foram contabilizados no município somente neste ano
Mobilização realizada nesta sexta-feira (10) pediu o fim da violência contra a mulher no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Somente neste ano, 14 vítimas foram assassinadas. Desse total, quatro casos foram classificados como feminicídios.
O ato aconteceu à tarde, na Praça da Estação, no centro da cidade. Na ocasião, as manifestantes ecoaram juntas que não admitem nenhum tipo de violência de gênero. O ato em defesa da vida das mulheres foi realizado pelo Centro das Mulheres do Cabo e pelo Comitê de Monitoramento da Violência e do Feminicídio no Território Estratégico de Suape.
Marcaram presenças representantes de organizações de mulheres dos municípios do Cabo, Escada, Ipojuca e Sirinhaém, jovens do Projeto Meninas em Movimento pela Educação e o Fojuca (Fórum de Juventude do Cabo).
O ato foi animado pela MC Nanny Nagô e o grupo cultural do Engenho Guerra de Ipojuca.
VIOLÊNCIA NO CABO
Levantamento do Instituto Fogo Cruzado apontou que, em novembro, o Cabo de Santo Agostinho teve 27 tiroteios, com 20 mortos e 12 feridos.
Ponte dos Carvalhos, no Cabo, foi o bairro da RMR que teve o maior número de mortos por arma de fogo no mês passado: cinco (além de três feridos). O município continua com violência elevada.