JULGAMENTO FLORDELIS

JULGAMENTO FLORDELIS: O resultado do julgamento de Flordelis já saiu? Acompanhe

Julgamento de Flordelis ocorre no Rio de Janeiro. A ex-deputada federal e pastora é acusada de ser a mandante da morte do marido

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Everton Macário

Publicado em 08/11/2022 às 18:21
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Com informações da Agência Brasil

O julgamento da ex-deputada federal Flordelis, 61 anos, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, começou nessa segunda-feira (7), no Tribunal do Júri de Niterói. A previsão é de que o júri acabe no fim desta semana. 

Anderson do Carmo foi executado a tiros na residência da família, no dia 16 de junho de 2019. Inicialmente, Flordelis chegou a dizer que foi uma tentativa de assalto, mas as investigações indicaram que se tratava de homicídio

A acusação indicou, que antes do assassinato, houve tentativas anteriores de homicídio contra o pastor Anderson, de forma continuada, com a adição de veneno nas comidas e bebidas da vítima.

A ex-parlamentar responde por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

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CRIME Anderson do Carmo foi morto com 30 tiros na garagem da casa onde morava com a ex-parlamentar - REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Ao todo, no julgamento de Flordelis, devem ser ouvidas 30 testemunhas.

SAIBA COMO FOI O SEGUNDO DIA DO JULGAMENTO DE FLORDELIS

O reinício do julgamento estava previsto para 9h, mas houve atraso na chegada do filho adotivo da ex-parlamentar, André Luiz de Oliveira, que também está sendo julgado juntamente com a filha biológica Simone dos Santos Rodrigues e Marzy Teixeira da Silva, filha adotiva. 

Umas das testemunhas ouvidas no segundo dia do julgamento, o policial civil Tiago Vaz de Souza, disse que a família da ex-deputada era ''rachada em facções''. O agente disse que Flordelis nunca relatou ter sido alvo de agressão ou abuso sexual durante os depoimentos. 

"Era uma família rachada, que tinha privilégios para um grupo. Uma família rachada em facções. Uma facção ajudou no planejamento da morte e outra facção denunciou a existência desse conluio", afirmou o policial no segundo dia do julgamento

Vaz participou da equipe do delegado Allan Duarte. Os policiais concluíram a investigação do assassinato de Anderson do Carmo na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Segundo o policial, "as facções ficaram claras após o homicídio" do pastor, marido de Flordelis.

"Houve quem denunciasse e quem não denunciasse", disse.

O policial afirmou que os filhos de Flordelis, entre biológicos, adotivos e afetivos, eram divididos em grupos. Os que tinham privilégios eram conhecidos como a "primeira geração". De acordo com o policial, a divisão entre os membros da família foi um dos motivos para o "racha" entre os filhos.

"Só um grupo era privilegiado, o que ficou conhecido como a "primeira geração", que acompanhavam desde o início Anderson e Flordelis.

PRIMEIRO DIA DO JULGAMENTO DE FLORDELIS

No primeiro dia do julgamento, foram ouvidas três pessoas. A primeira a prestar depoimento, a delegada Bárbara Lomba.

Na época do crime, ela era titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí e iniciou as investigações que levaram à cadeia Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo, em julgamento ocorrido em novembro de 2021.

A delegada mostrou não ter dúvida de que a ex-parlamentar foi a mentora do crime do marido.

Em seguida foi a vez do delegado Allan Duarte Lacerda, responsável pela conclusão do inquérito sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, no qual ele destacou algumas contradições nas versões dos depoimentos da Flordelis durante a fase de inquérito.

A última testemunha a depor ontem foi a empresária Regiane Ramos Cupti Rabelo, ouvida como informante. Advogados da defesa de Flordelis apresentaram requerimento para impedir que Regiane prestasse depoimento sob a alegação de que a empresária estava sendo processada por calúnia pela ex-parlamentar, mas o pedido não foi atendido pela juíza.

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Niterói é formado por três mulheres e quatro homens, e o júri presidido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce dos Santos.

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