Pernambuco tem a confirmação de, pelo menos, 13 pessoas que apresentaram quadro grave de gripe este ano: nove de infecção pelo influenza B e quatro de H1N1. Esse é o balanço mais atual do Estado, que considera dados até 29 de fevereiro – ou seja, esse número atualmente deve ser maior. Na noite deste domingo (22), véspera da campanha de vacinação contra gripe, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) atualizou o número de vítimas fatais por influenza: são quatro mortes este ano, incluindo uma criança de 1 ano que foi a óbito no sábado (21) e teve resultado positivo para H1N1. Entre os casos descartados para o novo coronavírus, no Estado, os vírus influenza são os que predominam. Ainda segundo a SES, 79% dos casos descartados de covid-19 têm resultado negativo para qualquer vírus respiratório, incluindo o novo coronavírus.
Esse dado reforça que os vírus da gripe são os que mais têm circulado quando se analisa a vigilância dos vírus respiratórios em Pernambuco. O cenário só reforça a importância de a população participar da campanha de imunização contra influenza, que começa nesta segunda-feira (23), com idosos a partir 60 anos e profissionais de saúde. Eles são o público-alvo desta primeira etapa mobilização.
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A vacina não tem eficácia contra o novo coronavírus, mas auxilia os profissionais de saúde, neste momento da pandemia, a excluir o diagnóstico para covid-19, já que os sintomas são parecidos. Outro detalhe é que a vacinação contra gripe ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. Com base em estudos, o Ministério da Saúde informa que casos mais graves de coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a 20,8 milhões de pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contempla esse público.
Para a mobilização contra gripe, Pernambuco deve receber quase três milhões de doses da vacina contra gripe, já que a expectativa é imunizar 2,9 milhões de pernambucanos inclusos nos grupos prioritários. O imunizante evita o adoecimento por três tipos de influenza: H1N1, H3N2 e B. “A vacina não protege contra o novo coronavírus. Contudo, é importante que os públicos prioritários sejam imunizados contra esses vírus, que também possuem relevância para o sistema de saúde. Quanto mais pessoas vacinadas, menos adoecimentos e, consequentemente, menos pessoas suspeitas para infecções respiratórias. Isso, sem dúvida, evitará um maior impacto nas nossas emergências especializadas nesse tipo de caso”, salienta o secretário Estadual de Saúde, André Longo.
Campanha longe dos postos de saúde
Para evitar aglomeração e minimizar riscos de infecção pelo novo coronavírus, a Prefeitura do Recife faz a vacinação em mais de 40 escolas e creches municipais, que estão com as aulas suspensas. A imunização acontece de segunda a sexta, das 8h às 17h. Até 22 de maio, outros grupos prioritários serão incluídos na mobilização.
A lista dos locais de vacinação, no Recife, está disponível no site recife.pe.gov.br. O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, explica que a estratégia de tirar a vacinação dos postos de saúde é não expor os idosos a locais que podem receber pacientes com covid-19, gripes e outras doenças.
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