O Estado de Pernambuco corre contra o tempo com a missão de preparar o sistema de saúde para enfrentar a escalada de casos do novo coronavírus. Nesta quinta-feira (26), em coletiva de imprensa online, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, mostrou-se preocupado com o possível avanço da infecção no Estado.
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“Temos conversado com diversos especialistas que têm feito modelos matemáticos adaptados à realidade de Pernambuco. Se medidas não continuarem sendo adotadas, como o isolamento social, a perspectiva é de aumento de casos de covid-19 nos primeiros dias de abril no Estado. É certo que o ápice da curva da epidemia vai chegar, e a gente quer retardá-lo”, frisou Longo.
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O secretário acrescentou que é esperado, nos próximos dias, um volume de adoecimento de todos os tipos de gravidade. “São casos que devem seguir aparecendo em graus leves; com uma parte menor, mas significativa, com sintomas moderados que podem evoluir para síndrome respiratória aguda grave (srag) e mais um grupo de 1% a 4% que estarão vulneráveis a ter necessidade de terapia intensiva, o que preocupa a nossa rede de saúde. É algo que temos visto em outros países, como Itália e Espanha”, destacou.
Esta semana um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade de Brasília, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade de São Paulo fizeram um levantamento que mostra a possibilidade de o novo coronavírus estar se propagando mais rapidamente do que se projetava há cerca de 20 dias em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Essas três cidades atuariam como eixos de disseminação da infecção para outras partes do País. Em nota técnica, os pesquisadores alertam que as capitais do Recife e de Salvador têm grande probabilidade de acumular casos graves em curto prazo. “Em um segundo momento, prevê-se a disseminação de covid-19 para a região litorânea entre Porto Alegre e Salvador e para várias microrregiões da Paraíba, Ceará, Pernambuco, Cuiabá, Goiânia e Foz do Iguaçu”, informa o documento.
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