Covid-19: faltam mais de 126 mil doses de CoronaVac para completar a vacinação dos pernambucanos
Estado recomenda que, caso não haja estoque, os municípios devem fazer o agendamento para data prevista de chegada de nova remessa, o que só deve acontecer em maio
Após receber menos doses da vacina CoronaVac do que o previsto, na última semana, Pernambuco pactuou com os gestores municipais, nesta segunda-feira (26), que as doses remanescentes da CoronaVac devem ser utilizadas prioritariamente como segunda dose, a fim de completar os esquemas vacinais já iniciados contra a covid-19. Ainda assim, se não houver estoque, os municípios devem fazer o agendamento para a data prevista de chegada de nova remessa, o que só deve acontecer em maio.
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De 17 de março, quando os municípios foram orientados a usar todas as doses de vacinas na primeira aplicação, até hoje, Pernambuco recebeu 1,066 milhão de doses da CoronVac. Desse total, 596 mil foram destinadas para a primeira dose e apenas 470 mil para a segunda. Há, portanto, um déficit de mais de 126 mil doses da vacina CoronaVac para completar a imunização dos pernambucanos. Na última remessa enviada, em 24 de abril, havia a expectativa de recebimento de pelos menos esse quantitativo. Mas houve apenas a entrega de 28,4 mil unidades do imunizante produzido pelo Instituto Butantan. Sem o total esperado, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, manifestou inquietação. "Este é um fato que nos preocupa, e já solicitamos esclarecimentos ao Ministério da Saúde", frisou.
"É importante reforçar que o indivíduo que recebeu a primeira dose não perderá essa dose. A medida que cheguem mais vacinas, será finalizado o esquema, sem perda de eficácia do imunizante", frisou a superintendente de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.
Com o problema na distribuição da vacina da CoronaVac pelo Governo Federal, também ficou decidido que, nas entregas futuras, Pernambuco dividirá os imunizantes para ambas as doses. É importante lembrar que, nas primeiras remessas, o Ministério da Saúde orientava dividir as vacinas desse fabricante, guardando aquelas destinadas às segunda doses, já que a segunda aplicação deve ser feita em um intervalo de 21 e 28 dias após a primeira. Já os quantitativos enviados entre os dias 17 e 25 de março, também por recomendação do próprio órgão federal, foram exclusivos para uso como primeira dose. Na ocasião, o ministério assegurou o repasse das segundas doses em tempo oportuno para garantir a correta imunização da população, o que não tem ocorrido nos últimos dias.