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Hospital da Mulher do Recife completa 5 anos e alcança a marca de quase 1,4 milhão de atendimentos

A unidade é reconhecido como a que realiza a maior quantidade de partos em mulheres recifenses

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Cinthya Leite

Publicado em 10/05/2021 às 8:05
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Referência na assistência humanizada ao parto e em outras áreas, como gestação de alto risco, atenção à mulher vítima de violência e especialidades ambulatoriais, o Hospital da Mulher do Recife (HMR) completa cinco anos de funcionamento nesta segunda-feira (10). A unidade, no Curado, bairro da Zona Oeste do Recife, alcançou a marca de quase 1,4 milhões de procedimentos, entre exames, consultas, atendimentos na emergência, cirurgias, partos normais e cesáreas. "Estamos atendendo também pacientes com a covid-19, em um setor de internamento com 30 leitos de UTI (terapia intensiva) e 10 vagas de enfermaria. É um trabalho que enfrentamos com empenho e esperança de dias melhores para todos acometidos por essa doença tão desafiadora", afirma a diretora-geral do HMR, a médica Isabela Coutinho.

A unidade cuida do público feminino desde a infância (a partir dos 10 anos) até a faixa etária idosa. O serviço é reconhecido como o que realiza a maior quantidade de partos em mulheres recifenses, segundo a prefeitura. Em seus cinco anos de funcionamento, foram feitos 24.319 partos, sendo 16.052 normais e 8.267 cesáreas. Inaugurado em 2016, o HMR foi a primeira unidade de grande porte, construída pelo município, para atendimento exclusivamente do público feminino. No local, são desenvolvidos projetos de humanização, como o Minha Certidão e o Programa de Voluntariado para Doulas, que têm como objetivo tornar a experiência da maternidade e do parto ainda mais especial. Outros destaques do hospital são o serviço ambulatorial específico para a população LBT (lésbicas, bissexuais e transexuais-transgenitalizadas) e o Centro de Atenção à Mulher Vítima de Violência Sony Santos, que funciona 24 horas por dia.

No fim do ano de 2019, entrou em funcionamento, no HMR, a ala de alto risco, com 68 leitos ao todo, sendo 20 de terapia intensiva (UTI da Mulher e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal - UCI), 27 de UCI (UCI Neonatal e UCI Canguru), além de 21 leitos de enfermaria de gestação de alto risco. Essas vagas se destinam a mulheres que necessitem de internamento em UTI ou que precisem de tratamento clínico durante a gravidez, além de atender aos recém-nascidos com quadros graves de saúde, que precisam de assistência especializada.

Na UCI Canguru, mãe e bebês ficam internados em contato pele a pele para ganho de peso do recém-nascido. O setor é formado por uma equipe multiprofissional com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. No Método Canguru, as mães acompanham seus recém- nascidos 24 horas. "Esse é um ambiente em que a mãe também necessita de um apoio maior por causa do cuidado integral que dedica ao bebê. Por isso, a equipe multiprofissional faz um trabalho intenso de acompanhamento e acolhimento com essa mãe e ainda conduz um grupo terapêutico semanal voltado para ela", informa Isabela Coutinho.

Já as mulheres que esperam bebê e que estão com problemas que podem ocorrer na gestação (ou clínicos — aqueles que se manifestaram antes da gravidez) contam a Enfermaria de Gestação de Alto Risco do HMR, que é ligada ao Sistema Estadual de Referência Hospitalar. Por isso, podem receber maior vigilância médica as pacientes de todo o Estado de Pernambuco. Vale frisar que a gravidez de alto risco é aquela em que a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto tem maiores chances de ser atingida por complicações, em comparação com a média das gestações em real. É uma condição que pode ser causada por características individuais, história reprodutiva anterior e doenças obstétricas na gravidez atual, entre outros fatores.

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