Covid-19: Ministério da Saúde autoriza vacinação de pessoas a partir de 18 anos, mas frisa que doses para grupos prioritários devem ser mantidas
A pasta começará a enviar doses aos Estados, de forma escalonada, para atender a esse público, juntamente com outros grupos prioritários
Nesta sexta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou que está antecipando a vacinação contra a covid-19 para os profissionais da educação e já autoriza paralelamente da população em geral por ordem decrescente de faixa etária. A pasta começará a enviar doses aos Estados, de forma escalonada, para atender a esse público, juntamente com outros grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
Para além dos grupos prioritários, entre eles os profissionais da educação, o Ministério da Saúde também inicia paralelamente a vacinação da população geral, entre 18 e 59 anos. Isso ocorre porque Estados e municípios relataram demanda diminuída dos grupos elencados no plano de vacinação. Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (27), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou o começo da proteção da população em geral por idade no Estado, começando com aqueles que têm 59 anos, ampliando de acordo com a disponibilidade de vacinas e o público de cada cidade.
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Esse grupo poderá começar a ser imunizado de maneira escalonada e por faixas etárias decrescentes, desde que a vacinação dos grupos prioritários restantes seja mantida e cumprida, de acordo com a ordem estabelecida pelo PNO.
"Essa nova estratégia deve ser implementada em paralelo aos demais grupos já contemplados. Hoje, notamos uma lentidão na vacinação de alguns grupos, principalmente das pessoas com comorbidades e com deficiência. No atual momento epidemiológico, não podemos deixar primeiras doses paradas. Isso não é prudente. Então, diante da baixa procura, e também das expectativas de chegada semanal do insumo, podemos avançar para os demais essenciais inclusos no plano e já iniciar os adultos com 59 anos", frisou André Longo.
As recomendações anunciadas pelo Ministério da Saúde foram pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada na quinta-feira (27), com representantes do Ministério da Saúde, Estados e municípios. As orientações também estão em uma nota técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Educação
A motivação da priorização dos profissionais da educação se deve aos impactos sociais ocasionados pela covid-19 com a necessidade de volta às aulas presenciais. As creches e escolas contribuem não só para a educação de milhares de crianças, como também garantem a segurança alimentar na infância.
No caso dos profissionais da educação, a orientação é seguir essa ordem de prioridade: creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA e, na sequência, trabalhadores da educação do ensino superior.