Vamos ter que vacinar todo mundo de novo ano que vem, diz diretor-geral do Sírio-Libanês sobre covid-19
De acordo com o médico Fernando Ganem, os conhecimentos que existem atualmente sobre a doença indicam que será preciso vacinar a população novamente em 2022
Os conhecimentos que existem atualmente sobre a covid-19 indicam que será preciso vacinar a população novamente contra a doença em 2022. É o que diz o novo diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o médico cardiologista e intensivista Fernando Ganem, 56 anos.
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"Ano que vem vamos ter que começar a vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe, mudam as variantes, tem que fazer nova adaptação da vacina", declarou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Segundo Ganem, aconteceu algo parecido em 2009, na epidemia de H1N1, e atualmente ainda há casos da doença.
Na entrevista ao jornal, o diretor-geral do Sírio-Libanês afirmou que monitora os casos de reinfecção em pessoas já vacinadas: "O desfecho primário da vacina é evitar mortalidade. Agora, ter de novo... O ideal seria que não tivesse mais".
O médico informou que casos de reinfecção foram atendidos no hospital, de pessoas já imunizadas. Apesar disto, nenhum dos casos foi grave: "Nós e outras instituições vamos soltar publicações sobre colaboradores vacinados, quantos tiveram [reinfecções por covid]. Na nossa experiência, não identificamos casos graves [de reinfecção] e óbito. Temos que estratificar todos os casos por idade e complexidade".
Fernando Ganem destacou ainda que haverá mais respostas sobre o assunto daqui a um ano, quando 100 milhões de pessoas estiverem vacinadas. "O resto são inferências, e inferências são perigosas porque podem gerar informações infundadas", alertou.
Uso de máscaras
A recomendação de Ganem é que a população siga adotando medidas preventivas como uso de máscaras, que também podem evitar infecções por outros vírus respiratórios. No período de inverno, é comum aumentarem as internações por pneumonia, por exemplo. "Vamos ter que continuar usando máscara ainda por muito tempo".