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Covid-19: Anvisa libera realização de estudo com medicamento citado por Bolsonaro, o proxalutamida

É mais um medicamento, sem eficácia comprovada, apoiado pelo presidente

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Cinthya Leite

Publicado em 19/07/2021 às 12:30 | Atualizado em 19/07/2021 às 12:31
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Nesta segunda-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida na redução da infecção viral causada pelo novo coronavírus e no processo inflamatório provocado pela covid-19. É uma medicação que foi citada, no domingo (18), pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento do coronavírus. É mais um fármaco, sem eficácia comprovada, apoiado pelo presidente. 

No domingo (18), ao sair do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, Bolsonaro disse acompanhar estudos do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e afirmou que devem ser feitos estudos com a proxalutamida no Brasil. 

Segundo a Anvisa, trata-se de um estudo de fase 3, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com covid-19 leve a moderada. 

A pesquisa é patrocinada pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, e será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil, onde participarão 12 voluntários do Estado de Roraima e outros 38 de São Paulo.

A proxalutamida é uma medicação que impede que células do corpo reconheçam os hormônios andrógenos. Ela é estudada para o tratamento de câncer (próstata e mama), mas não chegou a ser aprovada para o tratamento desses tipos de tumores.  

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