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Vacinas contra covid-19 oferecem proteção extra após infecção pelo coronavírus

Dados reforçam que todas as quatro vacinas aplicadas no Brasil conferem proteção adicional contra desfechos graves da covid-19

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 04/04/2022 às 15:32 | Atualizado em 04/04/2022 às 15:34
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Um novo estudo da Fiocruz, publicado na revista Lancet Infectious Diseases, demonstra que, mesmo pessoas previamente infectadas pelo coronavírus, apresentam aumento dos níveis de proteção quando vacinadas.

A maior efetividade, segundo destaca a Agência Fiocruz de Notícias, foi observada com os quatro imunizantes aplicados no Brasil (CoronaVac, AstraZeneca, Janssen e Pfizer-BioNtech) na prevenção contra a covid-19. A pesquisa mostra um aumento da proteção para evitar infecção e, principalmente, hospitalização e óbito de pessoas que já tinham sido infectadas antes de se vacinarem.

Entre aqueles que já tinham sido infectados antes da vacinação, a eficácia do imunizante contra a hospitalização ou morte 14 ou mais dias após a conclusão da série vacinal foi de 81,3% para a CoronaVac, 89,9% para a AstraZeneca, 57,7% para a Janssen e 89,7% para a Pfizer.

Os dados reforçam que todas as quatro vacinas conferem proteção adicional contra desfechos graves de covid-19. Além disso, o fornecimento de uma série completa de vacinas para indivíduos após a recuperação de covid-19 pode reduzir a morbidade e a mortalidade.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram a metodologia de estudo de teste negativo (TND) com caso-controle. Baseando-se nos dados nacionais de notificação, hospitalização e vacinação de covid-19, no período de fevereiro de 2020 a 11 de novembro de 2021, os pesquisadores identificaram 213.457 pessoas que apresentaram doença sintomática e realizaram teste de RT-PCR pelo menos 90 dias após a infecção inicial pelo coronavírus e após o início do programa de vacinação. Entre eles, 14,5% (30.910 pessoas) tiveram a reinfecção confirmada.

Os pesquisadores então compararam casos sintomáticos de RT-PCR positivo com até dez integrantes do grupo controle que apresentaram sintomas e testes RT-PCR negativos, restringindo ambos os grupos a testes feitos pelo menos 90 dias após uma infecção inicial.

A partir de regressão logística condicional multivariável, eles avaliaram as chances de positividade do teste e as chances de hospitalização ou morte por Covid-19 de acordo com o status vacinal e o tempo desde a primeira ou segunda dose das vacinas.

Além da Fiocruz, outras instituições brasileiras financiaram a pesquisa: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a empresa JBS.

O trabalho também contou com o apoio do Instituto de Saúde Carlos III, o Ministério da Ciência e Inovação da Espanha e o Governo da Catalunha.

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