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Covid-19: Recife registra aumento de quase 100% nos casos leves em 15 dias

Dados estão no boletim epidemiológico do coronavírus da Secretaria Municipal de Saúde

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 13/06/2022 às 21:14 | Atualizado em 13/06/2022 às 21:30
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Em meio à circulação da subvariante BA.4 da ômicron, confirmada na noite desta segunda-feira (13) pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), o Recife apresenta, em mais uma semana, aumento no número de casos leves de covid-19. Num período de 15 dias, a subida foi 90%. De 22 a 28 de maio, a capital saiu de 667 confirmações da infecção pelo coronavírus para 1.267 no período de 5 a 11 de junho. 

Em uma semana, o Recife também teve um incremento no total de pessoas com diagnóstico confirmado de covid leve. De 29 de maio a 4 de junho, foram 819 testes positivos para a doença. Ao comparar esse número com a última semana (1.267), o aumento foi de 54,7%.  

Os dados estão no boletim epidemiológico do coronavírus da Secretaria Municipal de Saúde, que agora é divulgado uma vez por semana, sempre às segundas-feiras, e não mais diariamente.

Com esse avanço no volume de infecções (1.267 casos leves na última semana), o Recife volta a patamares de confirmações (casos leves) similares ao fim da primeira quinzena de março. O total ainda é bem inferior ao que foi registrado durante a onda provocada pela variante ômicron, entre o fim de dezembro de 2021 e janeiro deste ano. Para se ter ideia do impacto dessa cepa, a primeira semana de 2022 acumulou 2.389 casos leves de covid-19, e a quinta semana (fim de janeiro) culminou com mais de 16 mil confirmações da infecção - também de casos sem agravamento. 

Apesar de o cenário epidemiológico atual se manter distante do volume de casos concentrado no auge da ômicron, o avanço (com base nos dados oficiais, aqueles que estão nos boletins) que se vê atualmente deve acender um alerta para as autoridades, gestores, profissionais de saúde e população, principalmente neste momento de circulação da BA.4. 

Subvariantes

Segundo a Fiocruz, as linhagens BA.4, BA.5 e BA.2.12.1 têm características genômicas que podem levar a uma maior transmissibilidade viral. As cepas BA.4 e BA.5 parecem se espalhar ainda mais rápido do que as mutações anteriores da ômicron. 

As sublinhagens da ômicron BA.4 e BA.5 foram detectadas primeiramente na África do Sul em janeiro e fevereiro de 2022 respectivamente e, desde então, tornaram-se as variantes dominantes naquele país. Elas estão em ascensão na Europa, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês). 

Segundo o órgão de saúde europeu, neste momento, não há indicação de qualquer alteração na gravidade para BA.4 ou BA.5, em comparação com as linhagens da ômicron anteriores.

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