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VARÍOLA DO MACACO: criança de 2 anos é um dos casos confirmados em Salvador; cidade inicia plano de ação contra a doença

Em Salvador, entre 12 casos com diagnóstico positivo de varíola dos macacos, está uma criança de 2 anos

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Cinthya Leite

Publicado em 08/08/2022 às 16:03 | Atualizado em 23/08/2022 às 10:27
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A Prefeitura de Salvador deu início, nesta segunda-feira (8), a um plano de ação com 28 unidades básicas de referência para coleta laboratorial e acolhimento dos casos suspeitos de varíola dos macacos. Também foram destinados 16 postos de urgência e emergência 24 horas para assistência aos pacientes. 

Até agora, Salvador acumula 12 casos confirmados da varíola dos macacos. Entre eles, 11 são pacientes do sexo masculino e um do feminino. Ainda do total de casos com diagnóstico positivo de monkeypox, está uma criança de 2 anos. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, a criança está em isolamento domiciliar e com boa evolução do quadro. Outros 76 casos seguem sob investigação na cidade.

Na capital baiana, o fluxo de atendimento da rede de atenção básica para casos suspeitos da varíola dos macacos também foi definido. Pacientes com algum dos sintomas devem se encaminhar a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Após a definição do caso como suspeito, provável ou confirmado, o paciente é encaminhado para isolamento e, com a ocorrência de sinais de gravidade, em geral para grupos de risco, é realizada a internação hospitalar. Para aqueles cuja gravidade não for constatada, a indicação será para isolamento domiciliar.

Nesse processo, também será realizado o rastreamento de contatos próximos, a fim de descobrir novos possíveis infectados. Haverá ainda etapas de monitoramento e reavaliação clínica dos casos detectados.

VARÍOLA DOS MACACOS: VEJA OS SINTOMAS

Os sintomas mais frequentes da varíola dos macacos são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos, calafrios e exaustão. A erupção geralmente se desenvolve no período de um a três dias após a febre.

Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital.

A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.

Considerada como uma doença autolimitada, a varíola dos macacos apresenta sintomas que duram de duas a quatro semanas. O período de incubação vai de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.

A transmissão de humano para humano pode resultar de contato próximo com fluidos corporais, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos e superfícies recentemente contaminadas.

As autoridades sanitárias afirmam ainda que a transmissão também pode ocorrer através da placenta da mãe para o feto (o que pode levar à varíola congênita) ou durante o contato próximo durante e após o nascimento. Já a transmissão de animal para humano (zoonótica), por sua vez, pode ocorrer por contato direto com sangue, fluidos corporais ou lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados.

É importante evitar tocar olhos, nariz e boca; evitar contato físico próximo com as pessoas; reduzir o número de parceiros (as) sexuais e realizar etiqueta respiratória.

No caso de pessoas com varíola dos macacos, é essencial manter isolamento domiciliar, evitar tocar nas feridas e levar as mãos à boca e/ou aos olhos, evitar romper as bolhas, realizar a higienização da pele e das lesões com água e sabão, além de limpar e desinfetar objetos e superfícies. 

Qual a diferença entre a varíola dos macacos atual e a varíola do passado? 

A varíola dos macacos (monkeypox) é uma doença viral com sintomas semelhantes aos casos ocorridos de varíola no passado, embora menos graves. Endêmica em alguns países da África Central e Ocidental, apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios do vírus da varíola.

As principais complicações são infecções secundárias, infecções respiratórias, infecções generalizadas, encefalite e infecção da córnea, com consequente perda de visão.

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