EFEITO CHOCANTE: idosa passava protetor solar no rosto, mas não no pescoço; veja o que aconteceu
Foto de idosa, de 92 anos, está em artigo científico sobre prevenção ao câncer de pele - e muito nos ensina sobre proteção contra o sol
Usar o protetor solar é um ato simples e que pode fazer toda a diferença na pele. A aplicação do filtro diariamente é capaz de prevenir doenças de pele causadas pelo sol, como o câncer, pequenas lesões, melasma, outras manchas e envelhecimento cutâneo.
Uma foto que está em artigo publicado no periódico científico Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology mostra exatamente o poder do protetor solar na prevenção de danos à pele. Na imagem, uma idosa de 92 anos aparece com diferença visível entre a qualidade da pele da bochecha e do pescoço.
Na publicação científica, cita-se que ela usou protetor solar por, pelo menos, 40 anos, mas apenas no rosto.
A foto, que viralizou nos últimos dias na internet, acentua o que os dermatologistas orientam frequentemente para a população. O hábito de usar protetor solar torna a pele bem tratada e mais bonita, além de evitar as manchas causadas pelos raios ultravioleta.
O autor do artigo, Christian Posch, é pesquisador do Departamento de Dermatologia da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. No sábado (3), ele publicou, no Twitter, que está "feliz por ver esta foto circulando! Incrível!". Ele ainda orientou a leitura do artigo na íntegra.
Também nesta segunda-feira (5), Christian Posch voltou a falar sobre a foto no Twitter, ao compartilhar uma reportagem publicada na Newsweek. "A foto está rodando o mundo!", escreveu.
The pic is going around the world! https://t.co/1NDZpsr5QE
— Christian Posch M.D. Ph.D. (@PoschChristian) September 5, 2022
USE PROTETOR SOLAR SEMPRE
O uso do filtro solar deve ser contínuo, independentemente das condições climáticas, com FPS acima de 30 para uma adequada proteção. Aplicar o produto é necessário em qualquer ambiente, interno ou externo.
De acordo com dados da Campanha Nacional do Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizada em 2021, mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção solar no dia a dia.
É importante aplicar corretamente o protetor em uma camada uniforme do produto, o que deve ser repetido a cada duas horas para a máxima proteção, especialmente após o contato com a água do mar ou da piscina ou sudorese em excesso.
A biomédica e coordenadora do curso de Farmácia da Faculdade Unime, Amanda Catariny, lista algumas dicas de cuidados com a pele. Confira:
- Passe o protetor solar na pele ainda seca, pelo menos 15 minutos antes da exposição solar;
- Reaplique o protetor solar a cada 2 horas;
- Escolha um protetor solar específico para as necessidades de cada pele;
- Use também protetor labial e um protetor solar próprio para o rosto;
- Separe um pincel ou esponja para evitar aplicar o protetor no rosto diretamente com as mãos. Isso faz com que a distribuição seja homogênea;
- Passe o protetor por todo o corpo de forma uniforme, cobrindo também os pés e as orelhas;
- Evite ficar muito tempo diretamente exposto ao sol. Quanto maior o índice da radiação ultravioleta, mais danos ela causa
Confira os sinais de câncer de pele
Se surgirem sinais suspeitos de câncer de pele, o dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce.
Caso seja constatada uma lesão cancerosa, o médico orientará o início do tratamento.
É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam, pois podem revelar o câncer de pele. A rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ressalta ainda que a exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele.
Apesar de a doença ter potencial para afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao surgimento. Nesse grupo, estão os que têm a pele, os cabelos e os olhos claros, aqueles com histórico familiar desse tipo de tumor, as pessoas com múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.
A SBD ressalta que os que apresentam essas características precisam de maior cuidado com a pele e passar por avaliação frequente com um médico dermatologista.
O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. É um tumor que se manifesta por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.
Além dele, há o carcinoma espinocelular, que surge como o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a aproximadamente 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Essas lesões podem causar dor e produzir sangramentos.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no Brasil, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma, que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano.
Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos anualmente. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.