DOENÇA DA VACA LOUCA

DOENÇA VACA LOUCA: Pará confirma TESTE POSITIVO para 'vaca louca'; entenda

Adepará diz que o caso se trata de uma forma atípica da doença

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Cinthya Leite

Publicado em 22/02/2023 às 20:59 | Atualizado em 23/02/2023 às 11:49
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O resultado do teste de encefalopatia espongiforme bovina (doença popularmente conhecida como "vaca louca"), em um animal no Pará, foi positivo.

A informação é da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), que confirmou o diagnóstico, nesta quarta-feira (22), em nota.

A agência salientou que o caso ocorreu em uma propriedade com 160 cabeças de gado

Essa área foi isolada pelo órgão.

"A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente", disse a Adepará.

A agência informou que o governo estadual está em contato permanente com o Ministério da Agricultura.

Os sintomas, segundo explica a Adepará, revelam que o caso se trata de uma forma atípica da doença: manifesta-se de forma espontânea no animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.

"Para confirmar esta situação de isolamento e controle, amostras foram enviadas para laboratório no Canadá para tipificação do agente, se (se trata da forma) clássica ou atípica (da doença)", ressaltou, em nota, a agência. 

O Ministério da Agricultura já havia informado, na segunda-feira (20), sobre o caso, que estava sendo tratado como suspeito. 

Foi, então, feita análise laboratorial para a confirmação da "vaca louca".

Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso.

Na ocasião, os casos também foram atípicos, mas a China, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano.

O QUE É A DOENÇA DA VACA LOUCA?

Até hoje, segundo informa a Agência Brasil, o País não registrou casos clássicos de vaca louca, provocado pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados.

Causada por um príon, molécula de proteína sem código genético, a doença da vaca louca é degenerativa e também chamada de encefalite espongiforme bovina.

As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja.

Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras.

MAL DA VACA LOUCA EM HUMANOS

A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível.

No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses.

Na ocasião, a doença foi transmitida, aos seres humanos, por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.

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