PERIGO DAS FAKE NEWS

COVID VACINA: "Ação criminosa", diz ministra Nísia Trindade sobre FAKE NEWS que questionam segurança das vacinas

Ministra da Saúde ressalta que as fake news têm gerado terror na população, e o efeito disso é a baixa cobertura vacinal

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 30/03/2023 às 16:29 | Atualizado em 30/03/2023 às 16:53
JULIA PRADO/MS
Nísia Trindade lembra o lançamento da campanha "Brasil contra Fake", por parte do governo federal, com o objetivo de combater a desinformação disseminada nas redes sociais - FOTO: JULIA PRADO/MS

Nesta quinta-feira (30), durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou para informações falsas sobre vacinação, especialmente em relação a vacinas contra a covid-19.

"Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a vacina bivalente (contra covid). Isso é extremamente sério, e eu tenho destacado que não se trata de desinformação, se trata de ação criminosa", declarou a ministra Nísia Trindade.

Ela ressaltou que as fake news têm gerado terror na população, e o efeito disso é a baixa cobertura vacinal.

O Ministério da Saúde tem alertado sobre a circulação de notícias falsas que prejudicam as iniciativas para ampliar as coberturas vacinais no País, além de ser um desserviço para o irrefutável benefício das vacinas no controle e redução de casos graves da covid-19.

O Ministério da Saúde orienta que a população busque informações nos canais oficiais da pasta para evitar desinformações relacionadas à vacinação.

"Na Saúde, é muito importante não reproduzirmos esses vídeos e áudios para outras pessoas. Muitos ainda têm esse costume. A orientação é: olhem as fontes oficiais, como portal do Ministério da Saúde, das Secretarias de Saúde do Estado, do Conass, do Conasems, da Opas/OMS", disse Nísia. 

"Essa divulgação afirmativa de onde as pessoas encontram informações confiáveis é fundamental. Isso, claro, junto aos meios de comunicação", acrescentou a ministra, que reforçou que o Movimento Nacional pela Vacinação já ultrapassou 6 milhões de doses de reforço de bivalentes contra covid no público prioritário.

Exemplo desse tipo de informação falsa são questionamentos quanto à eficácia e segurança das vacinas contra a covid-19.

As afirmações mentirosas constantemente relacionam a imunização contra a doença com casos graves de miocardite, uma inflamação no músculo do coração, e até a morte.

Outros áudios ainda relatam que um grupo de idosos teriam perdido os movimentos das pernas após reação grave ao imunizante contra a covid-19.

A população não deve se enganar; essas informações são falsas.

Afinal, as vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela covid-19.

Segundo a ministra da Saúde, não adianta fazer campanha se não houver forte combate a esse tipo de prática.

"O governo como um todo está trabalhando nesta questão". Ela lembrou ainda o lançamento da campanha Brasil contra Fake, por parte do governo federal, com o objetivo de combater a desinformação disseminada nas redes sociais.

Com o tema "Quem espalha fake news espalha destruição", a campanha aborda o impacto do problema no dia a dia da população.

Na página gov.br/brasilcontrafake, é possível checar se um conteúdo recebido é fake news, antes de repassar adiante.

No site, também está disponível para consulta um passo a passo para denunciar, nas próprias redes sociais, os conteúdos de desinformação.

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