DIA DO BEIJO: Conheça as doenças mais comuns transmitidas pelo beijo
O beijo pode também transmitir doenças, principalmente se o sistema imunológico de uma das pessoas envolvidas estiver comprometido
O Dia do Beijo, 13 de abril, é uma data que celebra o quanto esse ato de demonstração de afeto mantém laços afetivos entre pessoas.
Sem dúvidas, o beijo é um dos comportamentos mais prazerosos à criação de conexões humanas.
Mas vale alertar que o beijo pode também transmitir doenças, principalmente se o sistema imunológico de uma das pessoas envolvidas estiver comprometido.
Neste Dia do Beijo, a estomatologista Lígia Gonzaga Fernandes dá algumas orientações sobre as doenças são transmitidas pela troca de saliva.
"Há situações em que apenas as gotículas do fluido já são suficientes para transmitir vírus respiratórios como a gripe, covid-19 e H1N1, além de outras doenças, como mononucleose (doença do beijo), catapora e caxumba", explica Lígia, que é integrante do Centro de Especialidades Odontológicas II Vera Cruz (CEO), gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Existem ainda os quadros que se originam a partir da presença de feridas na boca.
Em situações como essa, a pessoa infectada pode transmitir herpes, HPV, sífilis e candidíase oral, apelidada de sapinho, entre outras doenças.
DIA DO BEIJO: COMO BEIJAR E NÃO PEGAR DOENÇA?
"O ideal é evitar o contato íntimo com pessoas que apresentem esse sintoma (ferida). Mas, é importante lembrar que a maioria, muitas vezes, nem sabe que está infectada, o que acaba facilitando ainda mais o contágio", alerta a especialista.
Entre as doenças de maior incidência durante o beijo, a estomatologista Lígia Gonzaga Fernandes destaca herpes labial, mononucleose, popularmente conhecida como doença do beijo, e as doenças respiratórias causadas por vírus.
DIA DO BEIJO: VEJA PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO BEIJO
SAPINHO
A candidíase oral, ou sapinho, é uma micose na boca que se origina a partir do acúmulo do fungo Candida albicans, que costuma viver na pele e em mucosas.
A principal característica de sapinho é a presença de pontos esbranquiçados na língua, gengiva, parte interna das bochechas e, dependendo do grau da infecção, nos lábios.
DOENÇA DO BEIJO - MONONUCLEOSE
A mononucleose, ou doença do beijo, também é uma infecção viral causada pelo Epstein-Barr (EBV).
Transmitida pela saliva, a doença afeta principalmente o público mais jovem.
Nesse quadro específico, é comum que as pessoas infectadas sintam dor de garganta, fadiga, febre e inchaço dos gânglios.
HERPES LABIAL
O herpes labial é uma infecção viral, causada pelo herpes simplex 1 (HSV-1).
Normalmente, quando infectada pelo vírus da herpes, a pessoa apresenta sintomas como coceira, ardência e sensação de formigamento na boca.
Logo após o aparecimento destes sinais, é comum o surgimento de pequenas bolhas na região, que podem se romper e liberar um líquido que contém o vírus.
É exatamente nesta fase que o risco de transmissão para outras pessoas é maior, exigindo um cuidado redobrado.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
No geral, a gripe destaca-se como uma das doenças respiratórias mais transmissíveis por meio de beijos.
A infecção é causada pelo vírus influenza e pode provocar sintomas como febre e dores na garganta, no corpo e na cabeça, além de tosse e outros sintomas.
E não podemos esquecer a covid-19, que ainda é bastante presente na população, apesar da diminuição no número de casos.
Essa enfermidade, causada por diferentes variações do vírus, é grave e pode gerar dores de cabeça e garganta, febre, tosse seca, perda do olfato e paladar, diarreia e, em casos mais graves, dificuldades para respirar e dor no peito, entre outros sintomas.
DIA DO BEIJO: COMO SABER SE PEGUEI A DOENÇA DO BEIJO?
"O aparecimento de feridas dentro e ao redor da boca, mal-estar, febre, dor de garganta e inchaço no pescoço são alguns dos principais sinais para buscar ajuda profissional", afirma Lígia.
Então, é preciso ficar em alerta ao sentir qualquer um dos sintomas mencionados.
A partir do atendimento médico, é possível atingir o diagnóstico correto através de exames e o melhor tratamento. Por isso, a importância desse tipo de assistência.
"O tratamento varia de acordo com a doença. O herpes labial, por exemplo, é tratado com terapia antiviral. Já o sapinho, com medicações antifúngicas. Quanto a outras infecções, eventualmente, é necessário esperar o curso da doença e apenas controlar os sintomas com antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos, como é o caso da mononucleose", orienta Lígia.