FEBRE MACULOSA

FEBRE MACULOSA: Sobe número de casos suspeitos em SP; veja sintomas e como se pega com carrapato

Já são dez os casos suspeitos de febre maculosa entre pessoas que estiveram em eventos na Fazenda Santa Margarida, em Campinas

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Julianna Valença

Publicado em 16/06/2023 às 18:47
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Já são dez os casos suspeitos de febre maculosa entre pessoas que estiveram em eventos na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, interior de São Paulo. Outras quatro pessoas que também estiveram no local morreram por causa da doença.

Quatro casos recentes suspeitos de febre maculosa estão sendo investigados em Santa Isabel, na Região Metropolitana de São Paulo. Duas pessoas estão internadas. Os quatro moradores trabalharam no evento Feijoada do Rosa, realizado na fazenda, no dia 27 de maio. Outros dois casos suspeitos foram informados nesta sexta-feira (16), pela prefeitura de Itupeva. As duas pessoas estiveram no show do cantor Seu Jorge, realizado no dia 3 de junho, na mesma propriedade.

Com isso, sobem para dez os pacientes com sintomas de febre maculosa, após terem participado das duas festas na Santa Margarida. Outros dois casos suspeitos são investigados em Campinas e mais dois em Jundiaí. 

A Secretaria da Saúde de Santa Isabel informou que, no total, oito pessoas da cidade trabalharam no evento Feijoada do Rosa, na noite de 27 de maio, na fazenda, em Campinas. Dessas, quatro apresentaram sintomas de febre maculosa. Duas estão internadas e outras duas são acompanhadas pelos serviços de saúde.

O município aguarda o resultado dos exames que são feitos no Instituto Adolfo Lutz e acompanha a evolução dos pacientes. A população foi alertada para reportar imediatamente sinais de picadas do carrapato e sintomas da febre maculosa.

Além dos dois casos de pessoas que estiveram em eventos na Fazenda Santa Margarida, o município de Itupeva investiga outros três casos suspeitos de febre maculosa de pessoas que podem ter se infectado em outros locais.

A Vigilância Epidemiológica de Jundiaí também investiga outros cinco casos suspeitos, em que as pessoas relataram terem frequentado recentemente áreas verdes do próprio município e de outras cidades. São esperados os resultados dos exames.

Quatro mortes por febre maculosa

Uma das quatro vítimas da febre maculosa, o empresário e piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42 anos, morava em Jundiaí. Ele e sua namorada, moradora de São Paulo, morreram no dia 8 de junho, 12 dias depois de participarem do evento Feijoada do Rosa, na Santa Margarida.

Uma mulher de 28 anos, moradora de Hortolândia, e uma adolescente de 16, que morava em Campinas, também morreram após terem participado da mesma festa.

 

FEBRE MACULOSA: entenda O QUE É e QUAIS SÃO os SINTOMAS da DOENÇA responsável por MORTE de CASAL

O QUE É A FEBRE MACULOSA?

A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade.

Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, a febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato-estrela, que costuma se hospedar em cavalos, bois e capivaras.

Para retirar um carrapato da pele, seja de um humano ou de um animal, é preciso utilizar uma pinça delicadamente, torcendo o parasita até que a boca saia da pele. Isso porque a bactéria que causa a doença está na saliva e se ele for apertado ou esmagado, pode inocular mais saliva e assim aumentar o contato da vítima com a bactéria.

O período de incubação da febre maculosa é de 2 a 14 dias, então o correto é considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.

FEBRE MACULOSA NÃO É TRANSMITIDA DE PESSOA PARA PESSOA

A febre maculosa não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.

Em humanos, a febre maculosa caracteriza-se por febre e máculas (manchas) vermelhas no corpo. Além disso, há sinais de fraqueza, dor de cabeça, muscular e nas articulações, tudo de início súbito.

Se não for tratada, a febre maculosa pode levar à morte rapidamente. Se diagnosticada rapidamente e tratada com antibiótico específico nos três dias iniciais de manifestações clínicas, a doença tem cura. Porém, depois que a bactéria se espalha pelas células que formam os vasos sanguíneos, o caso pode se tornar irreversível.

*Com informações da Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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