EXERCÍCIO FÍSICO

OVERTRAINING: O que é overtraining? Especialista alerta para riscos do treinamento excessivo

Síndrome do excesso de treinamento causa dores, edemas, lesões musculoesqueléticas e até transtornos, como ansiedade, depressão e bipolaridade

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 06/11/2023 às 16:35
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O overtraining, também conhecido como síndrome do excesso de treinamento, ocorre quando a pessoa realiza exercícios por muito tempo ou com peso maior do que aguenta.

O overtraining ainda surge quando há um aumento repentino de carga ou intensidade.

Nesses casos, os músculos não se recuperam a tempo para realizar outro grande esforço. Isso faz com que o corpo sofra indesejáveis consequências.

O que acontece no overtraining?

"Dores musculares constantes, edemas e lesões musculoesqueléticas são os efeitos mais comuns. No entanto, ele afeta também o funcionamento de diversos processos e também causa alterações constantes no humor, além de desencadear transtornos como ansiedade, depressão e bipolaridade", diz a diretora técnica da Cia Athletica, Monica Marques. 

"Tudo isso resulta em uma piora na qualidade de vida, justamente o oposto da prática regular de atividade física." 

Existem dois tipos de overtraining. Um deles é o parassimpático, que acontece quando o sistema nervoso parassimpático se torna dominante e provoca fraqueza muscular e falta de energia.

Quais são os sintomas de overtraining?

O outro tipo de overtraining é o simpático, que impede a recuperação a tempo das fibras musculares, causando rompimentos. Os sintomas são mais perceptíveis e envolvem fadiga, tremores, alteração do sono ou apetite, sudorese intensa, olheiras, dor de cabeça, aumento da pressão arterial, aceleração do metabolismo e queda na capacidade motora, entre outros. 

O que fazer em overtraining? 

O repouso é a única solução para os sintomas do overtraining. Com a parada, os músculos se recuperam adequadamente.

Dessa forma, o atleta perde boa parte do avanço que vinha alcançando com os treinamentos, pois há uma queda do condicionamento físico, da resistência, da flexibilidade, do equilíbrio e até mesmo do sistema imunológico.

Após a pausa, ainda é importante voltar com redução na intensidade dos exercícios.

"O tempo desse descanso depende das alterações fisiológicas de cada corpo. O tratamento também consiste em uma dieta balanceada e ingestão abundante de água. O ideal é consultar um médico assim que sentir os sintomas citados, atuar com uma equipe multidisciplinar e só voltar aos treinamentos após a autorização deles", diz a especialista. 

Para evitar chegar nesta condição, Monica Marques aponta que nunca se deve fazer mais exercícios, séries ou repetições além do programa de treino que o educador físico preparou. Por exemplo, ao aumentar a carga na semana anterior, não se deve aumentá-la novamente; apenas quando o professor indicar.

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